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Quer negociar dólar e derivativos na BM&F Bovespa?

por Marcelo Coutinho
3 min leitura

Quer negociar dólar e derivativos na BM&F Bovespa?Antes de tudo, dedique-se a aprender muito sobre o mercado futuro. Ser um bom investidor[bb] significa conhecer todas as possibilidades de diversificar a carteira. Mesmo que não venha a utilizar os variados caminhos em um primeiro momento, saber que existem alternativas e entender como elas funcionam é fundamental e sempre um diferencial a mais.

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Uma opção interessante, mas cercada de temores e dúvidas é o dólar e os demais instrumentos BM&F. Se estiver pensado em se aventurar nesse fascinante mercado, tenha em mente que a lógica do mercado futuro é a mesma do mercado à vista, mas existem peculiaridades que não podem ser desprezadas.

É possível fazer position, swing ou daytrade, além de usar Fibonacci e outras ferramentas da Análise Técnica. Porém, por ser um investimento mais complexo, exige do investidor uma forte preparação e nível de conhecimento elevado.

O alto grau de alavancagem é a característica mais marcante desses instrumentos. Para dar um exemplo imagine a seguinte situação: você comprou um contrato cheio de dólar (que custa R$ 50 mil) a R$ 2,29 e vendeu a R$ 2,30. O ganho a princípio é de R$ 0,01. Mas como exige-se que você negocie pelo menos cinco contratos, o ganho sobe para R$0,05.

No entanto, como o contrato custa R$ 50 mil, cada R$ 0,01 vale, na verdade, R$ 2.500 reais – tanto para altas como para quedas. Uma alavancagem que certamente não pode ser desprezada.

A princípio, a alavancagem sugere um risco maior e não se pode fugir dela, mas vale lembrar que o risco pode ser minimizado com estratégias defensivas, como o stop loss ou mesmo investindo valores não muito elevados.

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E as interferências do Banco Central?
Por mais que com certa frequência o governo entre em cena para comprar ou vender a moeda com o objetivo de contar altas ou baixas prejudiciais ao Real, não podemos dizer que isso seja motivo para afugentar investidores.

É claro que a atuação do BC tem o poder de afetar a movimentação da moeda, mas não mais nem menos do que notícias podem desviar o rumo da cotação de empresas listadas no mercado[bb] à vista, por exemplo – de certa forma, esses movimentos já estão sempre precificados nos gráficos.

Ou seja, da mesma forma que pode haver uma intervenção no câmbio por parte do BC, uma descoberta de poço de petróleo pode ser divulgada, uma nova taxação sobre o setor aéreo pode surgir, etc, etc, etc. Sempre vai haver um evento externo para desviar a direção da sua operação quando se diz respeito ao mercado de renda variável. É aí que entra o seu lado estrategista, já previamente planejado.

A lição que fica é que o mercado futuro é uma opção a mais para sair da mesmice de PETR4, VALE5, etc. e ampliar o portfolio de possíveis operações. É uma boa alternativa para os momentos em que o Ibovespa não está com um viés direcional definido, desde que o investimento tenha sido muito bem estruturado e embasado em estratégias inteligentes.

Educação financeira, pés no chão e controle emocional são os melhores amigos de todo investidor. Esquecer-se disso é ter a garantia de que o mercado futuro será apenas motivo para críticas e lamentações. Os instrumentos BM&F existem para te proporcionar bons rendimentos, mas é preciso saber como fazê-los trabalhar a seu favor.

Tenha isso em mente e bons investimentos!

Crédito da foto para freedigitalphotos.net.

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