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Riscos da Previdência Privada: quais são e como driblar?

por Leonardo Moric
3 min leitura
Riscos da previdência privada

Antes de contratar um plano de previdência privada, é essencial entender o funcionamento e os riscos desse tipo de investimento.

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Quem busca investir em previdência privada normalmente tem objetivos de médio e longo prazo, como a aposentadoria ou a garantia da faculdade dos filhos. Mas, para que esse investimento seja bem sucedido, é preciso conhecer os riscos da previdência privada.

Como qualquer outro investimento, a previdência está sujeita a possíveis prejuízos. Apesar de as vantagens desse tipo de investimento serem maiores, é prudente considerar quais fatores podem ameaçar a rentabilidade de seu plano ou o que pode ocorrer se o plano descumprir o acordado em contrato no futuro.

Para ajudar em seu planejamento, neste artigo listamos sete riscos da previdência privada, dicas de como saber se um plano é confiável e de como lidar com os riscos que indicamos. Vamos lá?

7 principais riscos da previdência privada

1. Não receber os pagamentos

O investimento em Previdência Privada é dividido em duas partes: a da acumulação, quando o investidor faz os aportes de dinheiro, e a do usufruto, quando recebe de volta seu dinheiro com juros.

Descubra o que é Previdência Privada e por que ela é diferente da Previdência Social.

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Da mesma maneira que em outros investimentos, existem algumas empresas que descumprem sua parte na fase do usufruto. Algumas seguradoras, inclusive, deixam de fazer os pagamentos quando os valores depositados acabam. Mas, se isso estiver previsto em contrato, a gestora do plano é obrigada a pagar os valores mensais até o fim da vida do beneficiário.

Portanto, certifique-se de contratar a sua previdência em uma seguradora que seja confiável e tenha um grande histórico no mercado. Assim, você elimina os riscos.

2. Perder dinheiro na portabilidade

O investidor tem o direito, garantido por lei, de fazer a portabilidade de sua previdência privada para outro plano. Mas, é preciso ter cuidado ao fazer essa troca, em especial, quanto às taxas de carregamento e administração.

Também é preciso ficar atento, pois não é possível mudar o tipo de plano, de PGBL para VGBL e vice-versa.

Outro ponto é que alguns planos de previdência do tipo fechado, como aquelas feitas para trabalhadores de empresas, possuem regras específicas para portabilidade. Fique atento, pois nessa transação há o risco de perder dinheiro com essas questões.

3. Ter uma rentabilidade baixa 

Os rendimentos dos planos de previdência são indexados pelo Certificado de Depósitos Interbancários (CDI). Este é um indicador de referência para os investimentos. Como o rendimento é variável, ele pode ficar abaixo de outras aplicações, em alguns casos. 

Por esse motivo, é preciso acompanhar o mercado de investimentos e entender como cada um se comporta. Afinal, com isso você evita selecionar um plano de previdência ruim e que te faça perder poder de compra no longo prazo.

4. Escolher uma gestora de risco

Existem diversos exemplos de gestoras de planos de previdência envolvidas em casos de má gestão dos valores, que levam ao fechamento da gestora. Por esse motivo, é essencial tomar todo o cuidado no momento de escolher a empresa que irá gerenciar seu patrimônio. 

Selecione uma gestora confiável e que possua instituições de qualidade atuando em conjunto na disponibilização do plano de previdência.

5. Retenção de verba pós-morte

Se o plano contratado tiver a opção de pensão, em caso de falecimento, a verba é convertida em renda para os dependentes. Estes podem fazer o resgate total ou receber valores mensais, de acordo com o contrato.

Mas, nem todos os clientes contratam o pensionamento ou a reversão, o que não beneficia os herdeiros em caso de morte. Portanto, é essencial analisar o que seu contrato especifica em relação à destinação da verba em caso de falecimento do titular para que isso não atrapalhe a sucessão patrimonial.

6. Carência na portabilidade para previdência aberta

Quem possui um plano de previdência fechada e precisa ou opta por migrar para um plano de previdência aberta pode se deparar com uma cláusula de 15 anos de carência para a transferência dos valores. Dessa forma, o cliente não pode sacar o valor ao longo desse período.

Isso aumenta os riscos do investimento, já que o cliente não pode contar com o valor em casos de urgência. Além disso, essa é uma prática que entra em conflito com a Lei Complementar 109/2001, que regula a Previdência Privada.

7. Novação

Por último, os investidores correm o risco da novação dos planos, ou da pressão das gestoras para que os clientes migrem seus planos antigos para os novos. O segurado precisa entender bem todas as características de ambos os planos para não sair no prejuízo.

Por exemplo, há planos antigos com rentabilidades pré-fixadas altas em comparação ao mercado atual, mas que os gestores não permitem novos aportes nos fundos. Dessa forma, o cliente é pressionado a fazer a portabilidade para novos planos.

Nesse caso, uma solução é manter o plano antigo e contratar um novo para fazer novos aportes. Com isso, não corre o risco de perder os valores e direitos do antigo fundo e ainda conta com os benefícios de investir em uma nova linha.

Como saber se um plano de previdência é confiável?

Para evitar esses riscos, é preciso tomar alguns cuidados antes mesmo da contratação. Confira algumas dicas para saber se um plano de previdência é confiável:

Fique atento às taxas

Todos os planos de previdência privada costumam cobrar taxas, mas cada instituição pratica uma porcentagem diferente. O mais comum é que sejam cobradas as taxas de administração e performance.

Busque as taxas mais acessíveis disponíveis no mercado. Mas, fique atento: em fundos mais arrojados e com uma gestão mais ativa, as taxas tendem a ser maiores. A recomendação é que a taxa de administração seja de 1% ou menos.

Também existem instituições que cobram taxas consideradas abusivas, como a de carregamento, a cada aporte realizado no fundo, e a de saída, cobrada no momento do resgate ou da portabilidade. Todas essas taxas impactam os rendimentos da previdência privada no longo prazo.

Entenda se as instituições responsáveis pelo plano são confiáveis

Para ter segurança, o investidor precisa analisar a reputação e a solidez das empresas que estão por trás do plano de previdência. São elas:

  • Seguradora;
  • Gestora;
  • Administradora;
  • Custodiante.

Com essa avaliação, será mais fácil escolher um plano de previdência confiável que não perca rendimentos devido à má gestão dos recursos. 

Os fundos de previdência são regulados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Portanto, é importante acessar o site da agência e verificar a lista de seguradoras autorizadas a comercializar essa aplicação.

Além disso, as gestoras são reguladas e devem ser certificadas pela Comissão de Valores Imobiliários (CVM), além de serem associadas à Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) para que sejam seguras.

Analise o histórico do fundo

Após encontrar uma instituição sólida e devidamente regularizada, você precisa verificar e comparar o histórico dos fundo para entender sua performance de rendimento nos últimos meses ou anos.

Normalmente, as seguradoras divulgam essa informação em seus sites, mas também é possível consultá-la no site da Susep. 

Lembre-se que existem planos de previdência para perfis conservadores, moderados e arrojados. Assim como os fundos multimercados, os planos de previdência podem fazer aplicações em diversos tipos de ativos. O risco é definido conforme o perfil das aplicações nas quais o fundo investe.

Por isso, considere esse fator no momento de analisar o histórico dos fundos. Os mais agressivos tendem a ter mais oscilação, e os conservadores tendem a ter rendimentos estáveis. Portanto, só compare fundos com perfis semelhantes.

Como lidar com os riscos da previdência privada?

Confira algumas dicas para driblar os riscos da previdência privada:

  • Conheça o histórico das empresas envolvidas na gestão do plano;
  • Procure saber se a empresa divulga seus dados contábeis, o que é uma obrigação para empresas de capital aberto. Se não encontrar os dados online, comece a desconfiar;
  • Analise o rendimento do plano nos últimos anos e opte pelo que apresenta a melhor performance;
  • Avalie as taxas cobradas pela instituição.

Caso você enfrente algum problema com sua previdência privada, saiba que é possível reverter e resgatar os valores imediatamente a partir da anulação do contrato. Também é possível ter indenização das perdas quando as circunstâncias que levaram ao problema não tiverem sido expostas com clareza no momento da adesão.

As instituições também são obrigadas pelo Código de Defesa do Consumidor a informar claramente como funciona o cancelamento do contrato. Qualquer aspecto que não esteja claramente exposto no contrato pode levar à sua anulação, à liberação do dinheiro e à recuperação das perdas. 

Vantagens da previdência privada

Ao tomar todos os cuidados, é possível evitar os riscos da previdência e aproveitar todas as vantagens desse tipo de aplicação. Confira as principais:

Confira outras vantagens e desvantagens de investir na Previdência Privada!

Conclusão

A Previdência Privada normalmente é vista como um investimento de baixo risco, mas esse fator depende do perfil do plano, das estratégias adotadas pela administradora e do fato de ela ser idônea e confiável.

Para driblar os riscos da previdência e garantir aos investidores o acesso a todos os benefícios dessa modalidade de investimento, Thiago Nigro, o Primo Rico, criou o Fundo Arca Grão. Conheça todas as vantagens de aplicar neste fundo.

Na sua opinião, é possível aplicar em previdência driblando todos os riscos? Conte nos comentários!

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