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Brasil perde 4 posições em ranking global de competitividade desde 2020

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Brasil

O Brasil continua a perder competitividade em sua economia e já se aproxima de países em caos econômico como Argentina e Venezuela, revela o Ranking de Competitividade Mundial do IMD de 2023, publicado hoje pelo Centro de Competitividade Mundial pelo 35º ano consecutivo (veja aqui o documento completo).

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De acordo com o documento, o país caiu da posição 56 em 2020 para a de 60 em 2023. Apenas África do Sul (61ª), Mongólia (62ª), Argentina (63ª) e Venezuela (64ª) estão atrás.

O indicador é composto por quatro variáveis. No desempenho econômico, o Brasil melhorou da posição de 48 para 41. Na eficiência do governo, caiu de 61 para 62. Em eficiência dos negócios, despencou de 52 para 61. Por fim, em infraestrutura, passou de 53 para 55.

Dados IMD
(Fonte: IMD)

No Brasil, a Fundação Dom Cabral foi a parceira do IMD.

Caminhos para a melhora

O relatório aponta quatro desafios para o Brasil melhorar a sua competitividade.

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1 – Assegurar uma nova âncora fiscal que compatibilize os gastos sociais com responsabilidade nas contas públicas.

2 – Incentivar e atrair investimentos verdes aliados a uma política ambiental resiliente e multiministerial.

3 – Garantir o acesso à educação pública de qualidade e ação conjunta com o setor privado para treinar e retreinar a força de trabalho.

4 – Reverter a estagnação da produção e incentivar novos investimentos para promover a geração de empregos.

“Navegar no ambiente imprevisível de hoje requer agilidade e adaptabilidade. Países que se destacam estão construindo economias resilientes, como Irlanda, Islândia e Bahrein. Seus governos também são capazes de adaptar políticas com base nas condições econômicas atuais em tempo hábil. Os Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Catar e Cingapura também são exemplos importantes disso”, aponta Christos Cabolis, economista-chefe do WCC.

Top 3

A Dinamarca manteve o primeiro lugar desde o ano passado, quando desfrutou de uma importante ascensão ao topo, a Irlanda deu um salto notável do 11º para o segundo lugar, e a Suíça manteve a posição em terceiro, depois de cair do segundo lugar em 2022 e primeiro lugar em 2021.

Todas as três são pequenas economias que fazem bom uso de seu acesso a mercados e parceiros comerciais – assim como Cingapura, que ficou em quarto lugar, explica o relatório.

“Um número crescente de países está buscando seus próprios interesses. Estamos vendo vencedores e perdedores em um contexto em que múltiplas crises se sobrepõem e o mundo está cada vez mais dividido entre economias protecionistas e de livre comércio”, explica Arturo Bris, diretor do WCC.

Veja o desempenho nos últimos cinco anos

País20192020202120222023
África do Sul5659626061
Alemanha1717151522
Arábia Saudita2624322417
Argentina6162636263
Austrália1818221919
Áustria1916192024
Bahrein3025
Bélgica2725242113
Botswana615859
Brasil5956575960
Bulgária4848535357
Canadá138141415
Catar1014171812
Cazaquistão3442354337
Chile4238444544
China1420161721
China e Taiwan1611876
Chipre4130334045
Cingapura11534
Colômbia5254565758
Coreia do Sul2823232728
Croácia6060594650
Dinamarca82311
Emirados Árabes5991210
Eslováquia5357504953
Eslovênia3735403842
Espanha3636393636
Estônia3528262226
EUA31010109
Filipinas4645524852
Finlândia151311811
França3132292833
Grécia5849464749
Holanda64465
Hong Kong SAR25757
Hungria4747423946
Índia4343433740
Indonésia3240374434
Irlanda71213112
Islândia2021211616
Israel2426272523
Itália4444414141
Jordânia5758495654
Jpão3034313435
Kuwait38
Letônia4041383551
Lituânia2931302932
Luxemburgo1215121320
Malásia2227253227
México5053555556
Mongólia6261606162
Noruega1176914
Nova Zelândia2122203131
Peru5552585455
Polônia3839475043
Portugal3937364239
Reino Unido2319182329
República Tcheca3333342618
Romênia4951485148
Suécia96248
Suíça43123
Tailândia2529283330
Turquia5146515247
Venezuela6363646364

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