Celso comenta: “Navarro, recentemente tive uma conversa, sobre questões que envolvem aposentadoria, bastante amistosa com um amigo. Somos jovens e fiquei com a impressão de que o verbo aposentar nos remete a um futuro muito distante, longe demais. Sei que pensar assim limita nosso planejamento de longo prazo. Gostaria de ler um artigo seu sobre a questão. Abusando das verdades de Pai Rico, aposentar é uma palavra ‘lenta’?”
Jovem que sou, reconheço a dificuldade de planejamento para o longuíssimo prazo. Encontrei-me diante deste ponto fraco há alguns anos e vislumbrei apenas duas alternativas para deixar de lado a dificuldade de enxergar longe: ou eu vivo o momento e deixo o futuro lá para o futuro ou passo a acreditar na idéia de que aposentar não significa que chegou a hora de “ficar velho”. Sou do tipo que acredita que tudo é relativo.
Ainda com vinte e tantos anos, qual o sentido de nos imaginarmos cheios de netos, bisnetos e com idade avançada? Soa como um exercício difícil demais para quem ainda convive em grande harmonia com seus avós e bisavós. A inexperência, situação humana essencial para o amadurecimento, é normal. Procuro, então, encarar o longo prazo como uma missão prazerosa, parte de um plano e não fruto da mera ação do tempo. Assim deve ser a relação entre dinheiro e futuro. Explico.
Aposentar?
Antes, entremos em um acordo. Vamos optar por deixar de lado a palavra aposentadoria e trocá-la simplesmente por futuro? Aposentar, seja lá o que isso signifique, pode não ser algo certo ou com o que lidamos diariamente. Já o futuro, ainda que visto apenas como o simples próximo minuto, sempre chega e está presente em nosso dia-a-dia!
Palavras trocadas, sentidos ambíguos e opinião diferente. Sou assim. Tudo para resumir uma