A desvalorização do Ibovespa (IBOV) em um 1% na semana passada pode não ter sido um caso isolado e revelar um fortalecimento dos vendedores do mercado, apontam analistas consultados pelo Dinheirama.com. O índice terminou a sexta-feira (14) negociado a 117.710 pontos.
Os analistas do PagBank Rodrigo Paz e Breno Rao lembram que, após após alcançar a região de resistência nos 120.500, o índice perdeu momentum, registrando candles (velas, no gráfico) com muito pavio e adotando descendência no Histograma MACD (Moving Average Convergence/Divergence).
Apesar do viés comprador, Paz e Rao projetam as próximas semanas de sequência da consolidação de preço, com potencial de correção mais aguda em busca da faixa de suporte dos 108 mil pontos. Em uma eventual retomada das compras, o alvo seria superar os 120.500 pontos para buscar a próxima resistência nos 131.000 pontos.
“O posicionamento é de leve cautela mediante a sinalização de correção”, avaliam.
Para André Ferreira e Weslley Mesquita, da MyCap, graficamente falando, o mercado segue em consolidação no diário e com resistência forte sendo testada em 120.000/121.000, ponto que libera para nova pernada de alta rumo aos 123.600 e 126.600.
“O mercado só realiza no curto prazo abaixo dos 114.800 e 113.000”, analisam Ferreira e Mesquita.
Mini índice: sem força no curto prazo
Segundo os analistas Lucas Claro, Lucas Costa e Otto Sparenberg, do BTG Pactual, o mini índice Ibovespa (WINQ23) continua com uma tendência de médio prazo é de alta, mas perdeu força no curto prazo.
“No gráfico de 60 minutos, o preço encontrou resistência no orderblock em 121.200 e os vendedores ganharam força. As médias móveis de 21 e 50 períodos tem cruzamento de baixa, confirmando o movimento”, ressaltam.
Claro, Costa e Sparenberg entendem que o movimento recente mostra a formação de máximas e mínimas mais baixas que as anteriores. O próximo suporte é o fundo em 118.530 e seu rompimento pode levar ao teste das projeções de Fibonacci em 115.980 (61,8%) e 114.410 (100%).