O Sebrae lançou na sexta (21) um novo edital para selecionar projetos de inovação do programa Inova Amazônia – Módulo Ideação.
Podem participar propostas com potencial de inovação que incorporem novas tecnologias aos setores relacionados à bioeconomia nos nove estados da Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Os interessados terão até o dia 17 de agosto para submeter suas propostas inovadoras.
No ano passado, o edital contemplou oito estados da Amazônia, com a escolha de 50 projetos por estado. Diferentemente de 2022, a seleção contará com uma nova estratégia este ano, que é a divisão do programa em módulos independentes, com objetivos diferentes, definidos por maturidade empresarial do público-alvo.
Assim, o primeiro módulo, cujo foco é a ideação, destina-se a pessoas físicas, potenciais empreendedores, empresários e pesquisadores que ainda precisam validar seu produto antes de lançá-lo no mercado. Eles receberão capacitação e mentoria, além da indução à formação de redes de contato e conexão com o mercado. Já o segundo módulo abrange negócios em operação e formalizados. Nesse grupo, o foco é induzir o ganho de mercado (tração) e prepará-los para a escalabilidade, inclusive internacionalmente.
“No edital de ideação, selecionaremos 20 projetos por estado. Buscamos fazer surgir novos negócios e ampliar a base de empresas que atuam com inovação em bioeconomia na Amazônia”, explica o gestor do Inova Amazônia no Sebrae, Thyago Gatto.
A meta da instituição é incentivar novos modelos de negócio que tenham como premissa a preservação, conservação ou utilização sustentável de recursos naturais da Amazônia Legal. Além disso, o Inova Amazônia contribui para a criação de um cenário favorável para o surgimento de startups que tenham maior valor agregado e intensidade tecnológica e que possam se estabelecer na região.
Os três projetos do módulo de ideação com melhor avaliação por estado serão premiados com valores de R$ 30 mil, R$ 20 mil e R$ 10 mil para o primeiro, segundo e terceiro lugar, respectivamente.
Cashback de árvores
A Treeback foi um dos negócios selecionados no edital do Inova Amazônia do ano passado. A startup nasceu em Roraima, no coração da Amazônia brasileira, e atua com a recuperação florestal das áreas degradadas por meio de ferramentas que possibilitam a conversão, em árvores plantadas, de comissões de marketing por indicação de compra nas maiores lojas on-line do Brasil e do mundo.
O CEO da empresa, Antônio Amaury Moraes Cerqueira, explica o que ele chama de “cashback de árvores”. “Desenvolvemos uma forma simples para ajudar a reflorestar a Amazônia. Basta comprar on-line nas lojas parceiras – como Aliexpress, Americanas, Magalu, Amazon, Nike, Dafiti, Centauro, C&A, entre outras –, através da Treeback, para ganhar cashback em árvores plantadas. Ao comprar, o usuário recebe um acesso para acompanhar o plantio da sua árvore, geolocalização, espécie e imagem da muda plantada”, explica o empresário.
Inova Amazônia
O Inova Amazônia é uma estratégia focada em fomentar, apoiar e desenvolver pequenos negócios, startups, empreendimentos e ideias inovadoras alinhadas à bioeconomia, que tenham como premissa a atuação direta ou indireta para preservação ou uso sustentável dos recursos da biodiversidade do bioma Amazônia. A iniciativa tem como objetivo gerar novos negócios, agregar valor às empresas existentes e fortalecer o ecossistema de bioeconomia amazônico, por meio da inovação, da sustentabilidade e da conexão entre empreendedores da região e empreendedores de outras localidades.
Criado em 2021, na sua primeira edição, o Inova Amazônia contou com mais de 800 inscrições de diversos estados brasileiros – desse montante, 400 ideias foram selecionadas para a primeira fase e 230 negócios continuaram na segunda fase. A primeira edição do programa foi encerrada ao final de 2022.
Principais números da primeira edição:
- 17% depositaram patente;
- 22% receberam investimento;
- 31% iniciaram processo de internacionalização;
- 56% ampliaram equipe;
- 62% aumentaram faturamento;
- 90% desenvolveram novos produtos.