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Klabin vê mercado difícil nos próximos 18 meses e foca em produtividade

A expectativa para o custo caixa de celulose no segundo semestre, incluindo madeira, é de ficar muito próximo do patamar do primeiro trimestre deste ano

por Reuters
3 min leitura
Papel e Celulose

A Klabin (KLBN11) vai focar os próximos trimestres em ganho de produtividade e eficiência operacional para atravessar um período de mercado difícil que espera durar até 18 meses, afirmou o presidente-executivo da fabricante de papéis para embalagens, Cristiano Teixeira, nesta quarta-feira.

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“Estamos nos preparando para um período de eficiência em custos… para um período difícil de mercado de até 18 meses”, disse o executivo em conferência com analistas, após a divulgação de resultados do segundo trimestre na véspera.

A companhia está vendo sinais de melhora na demanda por papel-cartão no Brasil e no exterior, embora o terceiro trimestre seja tradicionalmente de maior atividade, e está conseguindo manter níveis de preços tanto no mercado interno quanto no externo.

Em papelão, a empresa está registrando estabilização nos preços após meses de recuo, com redução nos níveis de estoques nos clientes.

Já em celulose, a Klabin esta “confiante” na implantação neste mês da segunda parte, de 15 dólares a tonelada, de um aumento de preços anunciado no final do primeiro semestre, mas vê o mercado europeu ainda pressionado pelos efeitos da guerra na Ucrânia, disse o diretor comercial da área, Antônio Nicolini.

A expectativa para o custo caixa de celulose no segundo semestre, incluindo madeira, é de ficar muito próximo do patamar do primeiro trimestre deste ano, segundo o diretor financeiro, Marcos Ivo. Para o custo caixa total da empresa no ano, o executivo afirmou que a Klabin enxerga pequena melhora sobre o anunciado mais cedo neste ano, avançando um dígito alto até 10%.

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Alocação de capital

Teixeira afirmou que diante do cenário mais difícil para o setor, a Klabin não tem “nenhum (novo) investimento orgânico” sendo preparado e que o foco da empresa é “entregar bem a máquina 28”.

Trata-se da nova máquina de papel-cartão instalada no complexo fabril de Ortigueira (PR) e que iniciou operação em 9 de junho deste ano e é parte de um investimento de quase 13 bilhões de reais pela Klabin.

Apesar do momento de queda nos preços de ativos em commodities em geral, que poderia gerar “oportunidades de crescimento”, Teixeira afirmou que a Klabin também não está avaliando nenhuma operação de fusão e aquisição no momento.

Além das duas máquinas de papel em Ortigueira que estão em fase de “ramp up” de produção – de aceleração de produção -, a Klabin também está investindo cerca de 1,6 bilhão de reais em uma máquina de papelão ondulado (Projeto Figueira) em São Paulo que está com 30% das obras concluídas e tem previsão de entrada em operação em 2024, disse Teixeira.

As units da Klabin exibiam queda de 0,4%, a 22,65 reais, às 14h06, enquanto o Ibovespa mostrava baixa de 0,7% e a rival Suzano, que divulga resultado no fechamento do mercado nesta quarta-feira, recuava 1,4%.

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