A CSN (CSNA3) registrou lucro líquido de 283 milhões de reais no segundo trimestre deste ano, recuo de 23% frente a igual etapa do ano anterior, pressionada por queda nos preços de minério de ferro e aumento de custos no negócio de siderurgia, de acordo com balanço publicado nesta quarta-feira.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de 2,3 bilhões de reais, queda de 31% na mesma comparação. A margem Ebitda cedeu para 19,8%, de 29,7% no segundo trimestre do ano passado.
“Preços mais baixos verificados na mineração e pressão de custos na siderurgia acabaram mais do que compensando um trimestre com sólida atividade comercial, mesmo em um ambiente econômico ainda desafiador”, disse a CSN em relatório de resultados.
A empresa, que opera em setores como siderurgia, mineração e cimentos, teve receita líquida de cerca de 11 bilhões de reais de abril ao fim de junho, avanço de 4% ano a ano.
As vendas de aço caíram 1% em volume na comparação anual, mas cresceram 2% frente ao primeiro trimestre deste ano.
“O trimestre foi marcado pela normalização da capacidade produtiva da UPV (Usina Presidente Vargas) e consequente aumento de vendas e preços no mercado doméstico”, afirmou a CSN sobre o desempenho em siderurgia. “Mas o mercado externo mais fraco e pressões de custos acabaram por reduzir a rentabilidade do período”, acrescentou a companhia.
As vendas de minério de ferro subiram 45% e 28% contra, respectivamente, o segundo trimestre do ano passado e o primeiro trimestre de 2023.
A alavancagem medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado foi a 2,78 vezes, ante 2,45 vezes no primeiro trimestre deste ano e 1,31 vez no segundo trimestre do ano passado.
“Esse aumento pontual da alavancagem é resultado, principalmente, do pagamento de 2,7 bilhões de reais em proventos verificado no período”, disse a CSN.