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Lucro do Bradesco cai 36%, mas fica acima do esperado

Analistas, em média, esperavam lucro líquido de 4,47 bilhões de reais, com base em dados coletados pela Refinitiv

por Reuters
3 min leitura
Agência do Bradesco no Rio de Janeiro

O Bradesco (BBDC4) registrou lucro líquido recorrente de 4,52 bilhões de reais no segundo trimestre, uma queda de 35,8% em relação ao mesmo período de 2022, conforme balanço publicado nesta quinta-feira.

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O lucro líquido contábil ficou no mesmo patamar do lucro recorrente, mas diante de leve mudança na base de comparação a queda anual foi a 36,1%.

Analistas, em média, esperavam lucro líquido de 4,47 bilhões de reais, com base em dados coletados pela Refinitiv.

O Bradesco, segundo maior banco privado do país, registrou índice de inadimplência acima de 90 dias de 5,9%, avanço frente ao 5,1% do primeiro trimestre deste ano e ao 3,5% do mesmo período de 2022.

A carteira de crédito expandida da instituição avançou 1,6% no trimestre ante igual etapa do ano passado, para 868,7 bilhões de reais.

A margem financeira total subiu 1,2% no período, para 16,6 bilhões de reais, enquanto as receitas com prestação de serviços cederam 2,5%, a 8,8 bilhões de reais.

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O Bradesco registrou provisão para devedores duvidosos expandida de 10,3 bilhões de reais, em comparação a 5,3 bilhões de reais um ano antes e 9,5 bilhões de reais no primeiro trimestre deste ano.

O banco foi o segundo dos grandes bancos brasileiros a divulgar resultados, após o Santander Brasil, no final de julho, registrar queda de quase 45% no lucro líquido do segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior.

Projeções

O banco ainda revisou projeções para 2023, incluindo uma redução na expectativa de crescimento da carteira de crédito expandida para o intervalo de 1% a 5%, contra estimativa anterior de 6,5% a 9,5%.

Além disso, a expectativa de elevação da margem financeira total foi reduzida para 2% a 6%, de 7% a 11% anteriormente.

Do outro lado, porém, a perspectiva de crescimento das despesas operacionais também caiu, para 7% a 11%, de 9% a 13% na estimativa anterior.

Já o projeção para o crescimento do resultado das operações de seguros, previdência e capitalização saltou para 21% a 25%, contra expectativa anterior de aumento de 6% a 10%.

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