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Ibovespa volta abaixo dos 120 mil pontos puxado por Petrobras e Bradesco

O Ibovespa chegou a flertar com o terreno positivo, marcando 121.442 pontos na máxima da sessão, apoiado principalmente pelas ações da Vale

por Reuters
3 min leitura
Mercados queda

O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, em meio a uma série de balanços corporativos, com Bradesco (BBDC4) e Petrobras (PETR4) entre as maiores quedas após números mais fracos no segundo trimestre, enquanto Lojas Renner (LREN3) saltou quase 6% diante de expectativas melhores para o segundo semestre.

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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,89 %, a 119.507,68 pontos, mantendo o viés de baixa que marcou os primeiros pregões de agosto. Na semana, contabilizou um decréscimo de 0,57%. O volume financeiro somou 30,3 bilhões de reais.

O Ibovespa chegou a flertar com o terreno positivo, marcando 121.442,02 pontos na máxima da sessão, apoiado principalmente pelo desempenho das ações da Vale, bem como melhora de vários papéis, mas perdeu o fôlego, chegando a 119.215,02 pontos na mínima da sessão na segunda etapa do pregão.

A piora na B3 acompanhou o movimento do mercado acionário norte-americano, que também reverteu os ganhos das primeiras horas do pregão, em sessão marcada pela divulgação de dados do mercado de trabalho, com criação menor do que o previsto nas vagas de emprego, mas queda no desemprego e alta nos salários.

Em Nova York, o S&P 500 encerrou o dia em baixa de 0,53%. Além dos dados de emprego, os balanços da Amazon e Apple, divulgados na véspera, também ocuparam as atenções.

De acordo com análise técnica do Itaú BBA enquanto o Ibovespa negociar acima de 115.700 pontos, a esperança de uma retomada da alta a qualquer momento continuará. Mas, conforme relatório a clientes mais cedo, um fechamento abaixo de 119.700 pontos poderia desencadear um movimento de realização de lucros.

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Destaques corporativos

Bradesco (BBDC4) tombou 6,65%, a 15,45 reais, após lucro líquido recorrente de 4,52 bilhões de reais no segundo trimestre, uma queda de 35,8% ano a ano, enquanto o índice de inadimplência acima de 90 dias subiu e o banco cortou projeções de crescimento neste ano para a carteira de crédito expandida e para a margem financeira total. O CEO afirmou que o Bradesco está “bem próximo” do pico da inadimplência ou já o atingiu e que a instituição voltou a acelerar a originação do crédito em julho. Itaú (ITUB4), que divulga balanço na segunda-feira, caiu 1,83%.

Petrobras (PETR4) recuou 2,98%, a 30 reais, tendo no radar resultado do segundo trimestre com queda de 47% no lucro líquido, para 28,8 bilhões de reais. A companhia aprovou remuneração aos acionistas no valor de 1,149304 real por ação ordinária e preferencial e programa de recompra de ações. Executivos da Petrobras também anunciaram início de contratação de plataforma para campos maduros em Barracuda e Caratinga e expectativa de concluir neste mês estudo para a retomada da unidade de fertilizantes no Paraná. O JPMorgan cortou a recomendação da ação para “neutra”.

Lojas Renner (LREN3) saltou 5,77%, a 19,62 reais, mesmo após recuo de 36,3% no lucro líquido do segundo trimestre, para 229,7 milhões de reais, com queda na receita com vendas e impacto negativo de sua unidade financeira. O Ebitda ajustado foi de 481,6 milhões de reais entre abril e o fim de junho, diminuição de 31,4% ano a ano. Executivos da companhia afirmaram que esperam melhora operacional no segundo semestre e que já se observa uma melhora no cenário de resultados desde junho.

BRF (BRFS3) disparou 6,1%, a 10,27 reais, tendo como pano de fundo relatório do JPMorgan estabelecendo recomendação “overweight” para as ações da companhia, com preço-alvo de 12 reais para o final de 2024. “Vemos o recente aumento de capital, possíveis desinvestimentos, iniciativas de corte de custos e redução dos custos de ração colocando a alavancagem e a lucratividade da empresa de volta nos trilhos”, afirmaram os analistas. A Marfrig (MRFG3), maior acionista da BRF, subiu 5,66%.

Carrefour (CRFB3) caiu 6,76%, a 12 reais, também entre os piores desempenhos. Nesta sexta-feira, ocorreu na B3 leilão de venda de 49.065.300 papéis do varejista, ao preço inicial de 12,16 reais, que teve a corretora do Itaú como intermediadora. De acordo com relatos na mídia, tratou-se de venda de parcela relevante de participação pelo Advent, que se tornou acionista do Carrefour após vender a rede BIG para a companhia em negócio anunciado em 2021.

Vale (VALE3) fechou com variação positiva de 0,07%, a 67,56 reais, após subir a 68,33 reais na máxima do pregão, em dia de desempenho misto dos futuros do minério de ferro na Ásia, com os traders contrabalançando esperanças de ajuda mais substancial ao setor imobiliário da China e temores de desaceleração da produção de aço. O contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange, na China, encerrou as negociações do dia com queda de 0,8%. Na Bolsa de Cingapura, o contrato de referência subiu 1,6%, após três dias de perdas.

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