O dólar à vista sustentava leves ganhos na manhã desta segunda-feira, com investidores à espera de dados de inflação a serem divulgados na China, nos Estados Unidos e no Brasil ao longo da semana e da ata do último encontro do Copom na terça-feira, enquanto no exterior a moeda norte-americana também tem viés de alta ante boa parte das demais divisas de países emergentes ou exportadores de commodities.
Às 10:14 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,47%, a 4,8976 reais na venda.
Na B3, às 10:14 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,42%, a 4,9195 reais.
A semana será marcada pela divulgação de dados inflação com potencial para conduzir os mercados globais.
Na quarta-feira, serão divulgados os números de inflação de julho da China, enquanto na quinta-feira sai o índice de preços ao consumidor dos EUA.
“Os números de inflação desta quinta-feira serão observados de perto pelo Fed. Os mercados estão esperando que o número mensal do núcleo seja consistente com a recente tendência desinflacionária, em níveis compatíveis com uma inflação anual de 2% ou 3%”, comentou Eduardo Moutinho, analista de mercado da Ebury.
“A decepção nesta frente poderia criar volatilidade significativa, dado o estado técnico frágil que o mercado de títulos dos EUA parece estar”, acrescentou.
Na próxima sexta-feira será a vez de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho.
Além dos dados de inflação, os investidores no Brasil estarão atentos à divulgação da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, nesta terça-feira. O documento trará detalhes sobre o corte de 0,50 ponto percentual da taxa básica Selic, para 13,25% ao ano, promovido pelo BC na semana passada.
“Após uma decisão dividida sobre a magnitude do corte da Selic na semana passada, a ata deverá informar com mais detalhes como foi essa discussão, e quais foram os argumentos que levaram à essa decisão”, disse em relatório a equipe da Guide Investimentos.
Embora o dólar à vista tenha acumulado alta de 3,03% ante o real na semana passada, em parte em reação ao corte de juros e às sinalizações dadas pelo Copom, Moutinho afirmou que o carry trade segue atrativo, o que deve fornecer suporte ao real ante o dólar.
Nesta manhã de segunda-feira, os mercados globais já reagem aos dados da indústria alemã, que mostraram queda de 1,5% na produção em junho, em comparação com o mês anterior, conforme o escritório federal de estatísticas. Analistas consultados pela Reuters previam queda de 0,5%.
Às 10:14 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– caía 0,01%, a 102,050.
Na sexta-feira, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8748 reais na venda, com baixa de 0,51%.
O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 4.310 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de setembro de 2023.