O resultado do segundo trimestre da 3R Petroleum (RRRP3) foi um ponto de inflexão para a empresa, analisa o BTG Pactual em um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (9).
Esse momento, explica o banco, chega quatro anos desde que adquiriu seu primeiro ativo, e depois que atrasos e soluços operacionais prejudicaram a disposição do mercado de pagar por projeções futuras.
A receita líquida chegou a R$ 836,582 milhões entre abril e junho de 2023, com alta de 109,3% na comparação com o anterior, informou a 3R após o fechamento de terça-feira (8). O Ebitda ajustado caiu 3,1%, para R$ 199,511 milhões e o lucro líquido foi a R$ 79,388 milhões, após salto de 147%.
Os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte entendem que o trimestre pode recuperar a confiança do mercado.
“Ainda abaixo da média, visto que sua última e maior aquisição (Potiguar) foi incorporada apenas em junho, os números do 2º trimestre já indicam melhorias significativas e menos obstáculos, o que deve ajudar a contribuir para uma melhor avaliação da capacidade de geração de valor da empresa”, destacam.
No geral, apesar dos resultados em linha do segundo trimestre, Soares e Duarte acreditam que os investidores se concentrarão nos dados de produção de julho.
A companhia começou o mês com uma produção de 43,9 mil barris de óleo equivalente por dia, uma alta 16,3% em comparação com junho.
“Os custos de extração ainda são altos e uma maior alavancagem operacional do aumento da produção pode se tornar uma poderosa fonte de criação de valor”, ponderam.
A recomendação para as ações é de compra, com preço-alvo de 12 meses a R$ 85, o que implica um potencial de valorização de 134%.
O BTG ainda sugere que a exposição ao setor é melhor feita com as ações da Prio (PRIO3), que estão mais baratas, mas ainda assim as melhorias recentes da 3R podem ficar mais evidentes e ajudar a reduzir o risco do investimento.
Além disso, ela é uma das ações com maior aderência aos preços do petróleo Brent, o que é uma assimetria enviesada para cima.
Veja o resultado: