Os investidores já parecem estar se preparando para uma mudança de tendências para o Ibovespa (IBOV) no curto prazo ou para períodos mais longos, apontam analistas técnicos.
O índice operava, às 14h53, com baixa de 0,71%, aos 118.243 pontos. Na véspera, o benchmark terminou o dia com queda de 0,69%. Caso confirmada, a desvalorização de hoje será a sétima consecutiva.
“Em mais um dia negativo, o Ibovespa ensaiou a perda do suporte na região dos 118.200 quando na mínima do pregão tocou os 117.490 pontos. Caso este movimento se confirme, o índice encontraria próximos apoios em 116.500 e 114.800 e, mais abaixo, voltaria a olhar para a região dos 100.800 pontos”, alerta o analista Maurício A. Camargo, da Ágora Investimentos.
Segundo Gilberto Coelho, da XP Investimentos, o índice está em seu movimento de realização renovando mínimas anteriores, mas deixou uma sombra inferior, trazendo indefinição. “Uma perda dos 117.490 favorecerá teste dos suportes em 115.700 ou 111.700”, disse ao ressaltar a importância da mínima da véspera.
Na sessão desta quarta, a temporada de balanços trouxe os números de BTG Pactual, Braskem, CVC Brasil, Totvs, Gerdau, entre muitos outros, conhecidos desde o fechamento da bolsa na véspera, enquanto estão previstos para mais tarde os números de Banco do Brasil, Ultrapar, Cogna, Hapvida e outros mais.
Em Wall Sreet, os principais índices acionários adotavam um viés negativo, refletindo certa cautela antes de dados de inflação dos Estados Unidos ainda nesta semana, em especial sobre os preços ao consumidor na quinta-feira
O analista Leandro De Checchi, da Clear Corretora, entende que contexto majoritário de tendência de alta segue válido desde que o suporte em 116.300 pontos não seja rompido.
“Após atingir um alvo em 26 de julho, de 122.530 pontos, mostrou correção em duas pernas até região de suporte onde deixou, no pregão de ontem, sinal de possível retomada da alta”, explica.
No entanto, ele também ressalta que um fechamento abaixo da mínima de ontem 117.492 pontos seria um sinal de força vendedora relevante.
Capital externo
Dados da B3 ainda mostram saída de capital externo da bolsa no mês, com as vendas de estrangeiros superando as compras em 4,5 bilhões de reais até o dia 7, sem considerar o fluxo para ofertas de ações. Em junho e julho, quando o Ibovespa acumulou alta de 12,6%, esse saldo ficou positivo em 17,2 bilhões de reais.
(Com Reuters)