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Advogado de Bolsonaro diz que nunca vendeu ou negociou joias e cita “campanha de mentiras”

Frederick Wassef afirmou ainda que teria tomado conhecimento da existência das joias no início de 2023, por meio da imprensa

por Reuters
3 min leitura
Ex-presidente Jair Bolsonaro conversa com general da reserva Mauro Cid

O advogado Frederick Wassef afirmou neste domingo, por meio de nota, que está sofrendo uma “campanha de fake news e mentiras de todos os tipos” no caso do suposto esquema de venda ilegal de joias doadas por autoridades estrangeiras a representantes do Estado brasileiro.

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Advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Wassef foi um dos alvos de operação realizada na sexta-feira pela Polícia Federal.

“Fui acusado falsamente de ter um papel central em um suposto esquema de vendas de joias. Isso é calúnia que venho sofrendo e pura mentira. Total armação”, disse Wassef na nota.

O advogado afirmou ainda que teria tomado conhecimento da existência das joias no início de 2023, por meio da imprensa. Na ocasião, conforme Wassef, Bolsonaro o teria autorizado a dar entrevistas e a fazer nota à imprensa sobre o assunto.

“Antes disso, jamais soube da existência de joias ou quaisquer outros presentes recebidos”, disse o advogado. “Nunca vendi nenhuma joia, ofereci ou tive posse. Nunca participei de nenhuma tratativa, nem auxiliei nenhuma venda, nem de forma direta nem indireta. Jamais participei ou ajudei de qualquer forma qualquer pessoa a realizar nenhuma negociação ou venda”, acrescentou.

Na sexta-feira, a PF realizou operação que teve como alvos o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid — pai do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid — e Wassef.

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“Os investigados são suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior”, afirmou a PF em nota na sexta-feira.

“Os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”, acrescentou a PF.

Conforme investigação da PF, Wassef teria recomprado um relógio da marca Rolex desviado e vendido nos EUA por auxiliares de Bolsonaro, para que o objeto pudesse ser entregue ao Tribunal de Contas da União (TCU), após pedido de devolução.

Na nota deste domingo, Wassef afirmou que a PF “efetuou busca em minha residência no Morumbi, em São Paulo, e não encontrou nada de irregular ou ilegal, não tendo apreendido nenhum objeto, joias ou dinheiro”.

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