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Ibovespa caminha para maior série de perdas em quase 4 décadas

Na última sexta-feira, o Ibovespa caiu 0,24%, a 118.065,14 pontos, marcando a nona queda seguida

por Reuters
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O Ibovespa (IBOV) recuava nesta segunda-feira, engatando o 10º pregão consecutivo com sinal negativo que, se confirmado no final do dia, marcará a maior série de quedas em quase quatro décadas.

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As negociações na bolsa paulista nesta sessão tinham como pano de fundo o declínio de commodities como o petróleo e o minério de ferro no exterior, enquanto a agenda local destacava o comportamento da atividade econômica medida pelo IBC-Br.

A temporada de balanços no Brasil também entra em sua reta final nesta semana, incluindo uma bateria de resultados após o fechamento da B3 nesta segunda-feira. Antes da abertura, Embraer reportou seus números.

Às 10:50, o Ibovespa caía 1,06%, a 116.816,66 pontos, tendo ainda no radar os vencimentos do índice futuro na quarta-feira e de opções sobre ações na sexta-feira. O volume financeiro somava 4,57 bilhões de reais,

No último pregão, o Ibovespa caiu 0,24%, marcando a nona queda seguida, uma sequência de perdas que não acontecia desde fevereiro de 1995. Mais do que isso, apenas entre o final de janeiro e o começo de fevereiro de 1984, quando fechou em baixa por 11 pregões, segundo dados da Refinitiv.

Analistas da BB Investimentos observam que, do ponto de vista da análise gráfica, a correção das últimas semanas deve continuar de forma mais branda.

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“Mesmo após 9 sessões consecutivas de baixa, ainda não vemos gatilhos para uma recuperação do Ibovespa nos próximos dias”, afirmaram em nota a clientes, calculando que se fechar abaixo de 117 mil pontos, o índice pode voltar ao patamar de 114 mil pontos.

Para a equipe da XP Investimentos, as discussões sobre o Orçamento de 2024 devem dominar a pauta fiscal na semana, pois as propostas precisam ser encaminhadas até o dia 31 de agosto, assim como aprovação do novo arcabouço fiscal. Movimentos relacionados ao novo marco fiscal também estão no radar.

Em Wall Street, o S&P 500 tinha variação negativa de 0,18%, em sessão pressionada pelo declínio das ações da Tesla, enquanto agentes financeiros aguardam resultados trimestrais de gigantes varejistas dos EUA e dados ao longo da semana para avaliar a força dos gastos em consumo.

Destaques

Vale (VALE3) caía 2,85%, a 62,06 reais, em meio ao declínio dos futuros de minério de ferro na Ásia, pressionados por expectativas de cortes na produção de aço na China e a fraqueza no segmento imobiliário daquele país. O contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange, da China, cedeu 0,4%.

YDUQS (YDUQ3) recuava 9,96%, a 21,61 reais, em sessão de ajustes, após forte valorização no final da semana passada, na esteira do resultado do segundo trimestre. Na sexta-feira, a ação saltou mais de 8%. Cogna (COGN3) cedia 3,05%.

Petrobras (PETR4) tinha variação negativa de 0,79%, a 30,32 reais, em dia de queda do petróleo no exterior, com o Brent cedendo 0,83%. Petrobras (PETR3) registrava decréscimo de 0,39%, a 33,34 reais.

Itaú (ITUB4) cedia 0,87%, a 27,4 reais, enquanto Bradesco (BBDC4) perdia 0,65%, a 15,27 reais.

Via( VIIA3) mostrava declínio de 4,32%, a 1,77 real, tocando mínimas desde abril, enquanto agentes financeiros ainda digerem o balanço do segundo trimestre e plano de reestruturação conhecidos na semana passada. Magazine Luiza (MGLU3), que reporta resultado após o fechamento, caía 0,69%.

CPFL (CPFE3) avançava 3,24%, a 36,32 reais, ampliando a alta desde a divulgação do resultado do segundo trimestre na quinta-feira. Analistas do UBS BB reiteraram recomendação de “compra” para os papéis e elevaram o preço-alvo dos mesmos de 40 para 49 reais, conforme relatório com o título “o poder da consistência”.

Embraer (EMBR3) caía 3,09%, a 17,89 reais, distanciado-se da máxima, quando chegou a 19,52 reais, após divulgar mais cedo lucro líquido de 279,3 milhões de reais no segundo trimestre, um aumento de 20% na comparação anual. A empresa manteve sua previsão de entregas e resultados financeiros para o ano.

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