As preocupações com a inflação persistentemente alta no Reino Unido cresceram nesta quarta-feira, uma vez que as principais medidas de aumento de preços monitoradas pelo Banco da Inglaterra não diminuíram em julho, apesar de uma queda acentuada na taxa geral de inflação.
A taxa anual da inflação ao consumidor caiu para 6,8% em relação aos 7,9% de junho, disse o Escritório de Estatísticas Nacionais – como o banco central e uma pesquisa da Reuters com economistas haviam previsto e se afastando ainda mais do pico de 11,1% de outubro.
A queda na taxa básica refletiu o recuo nos preços da energia e será bem recebida pelos consumidores britânicos, que enfrentaram uma inflação mais alta do que na maioria dos outros países industrializados.
Mas novos sinais de rigidez no núcleo da inflação e nos preços de serviços ecoaram as advertências das autoridades do banco central neste mês de que os riscos de uma inflação alta duradoura estavam começando a se cristalizar.
O núcleo da inflação, que exclui preços de energia e alimentos, permaneceu em 6,9% na base anual, repetindo a taxa de junho e acima das expectativas em pesquisa da Reuters para uma leitura de 6,8%.
A inflação de serviços, que reflete principalmente a pressão doméstica dos salários, subiu de 7,2% para 7,4% – um pouco acima do que o Banco da Inglaterra havia previsto.
A libra subia em relação ao dólar depois dos números, o que reforçou as apostas de que o banco central continuará com sua campanha de aumento da taxa de juros.
A força do núcleo da inflação é uma má notícia para o primeiro-ministro Rishi Sunak, que prometeu reduzir a alta dos preços pela metade até o final do ano – uma meta que agora está em dúvida.