O investidor fiel. Assim está a manchete do caderno EU & Investimentos do jornal Valor Econômico do dia 17. Havíamos comentado em um artigo recente que o brasileiro vem trazendo a Bovespa “nas costas”, impedindo que as quedas se agravem ainda mais. Através da reportagem assinada por Angelo Pavini temos números interessantes que mostram a virada da pessoa física no mercado de ações. Antes, acompanhe como o jornalista começou seu texto:
“O investidor brasileiro é, antes de tudo, um forte. É ele quem tem evitado que a Bolsa de Valores de São Paulo despenque ainda mais, comprando ações enquanto os estrangeiros batem em retirada e os fundos de pensão reduzem suas posições no mercado brasileiro.”
Vamos ver a proporção da força brasileira?
Até o início do mês, os brasileiros compraram liquidamente R$ 7,82 bilhões direto na bolsa. Outros R$ 1,35 bilhões entraram no mercado via fundos de varejo, segundo o site Fortuna. Total líquido investido pela pessoa física na bolsa: R$ 9,18 bilhões. No mesmo período, os “gringos” tiraram R$ 9,86 bilhões de nosso mercado. “Pau a pau”, como diria um amigo meu.
Lendo algumas reportagens que justificam a entrada dos brasileiros no mercado e a razão para tantos aportes, chego à conclusão de que duas coisas andam ocorrendo simultaneamente:
- O brasileiro está mesmo investindo em ações de forma mais consciente. Ótimo, isso significa que ele está considerando esta alternativa de investimento como parte crucial de seus planos futuros;
- Muitos investidores pessoa física tem investido pesado para tentar fazer um preço médio nos papéis adquiridos nos momentos de maior euforia (ano passado e este ano na chegada do investment grade).
A primeira ação é ótima para o país, pois cria um mecanismo sólido de financiamento do crescimento, ao mesmo tempo em que amadurece as exigências de quem empresta o dinheiro. Os custos de captação para as empresas ficam mais baixos e o retorno esperado para os acionistas mais interessante. Mercado de ações popular é sinônimo de surgimento de empresas, criação de empregos e fortalecimento da economia.
O preço médio é que assusta um pouco. Ezra Safra, sócio da M. Safra Investimentos, alerta que:
“As pessoas estão muito compradas em bolsa, algumas até alavancadas, compradas a termo e isso traz um risco técnico ao mercado. O risco é que a queda continue ou que o mercado fique ruim por muito tempo, e aí o preço médio vira um desastre e então haja uma onda de vendas.”
As observações do especialista são importantes, já que nem todo novato convive bem com quedas de 10% ou mais no índice (você se lembra do mês passado?). E tem mais: comprando ativos demais com o objetivo de melhorar o preço médio, o investidor acaba aumentando muito a fatia de seus investimentos em renda variável, o que não é bom. Cada um tem seu perfil e deve respeitá-lo.
Equilíbrio, investimento e futuro
A notícia de que sustentamos bravamente a bolsa brasileira me animou. Fico contente por participar desta importante revolução econômica, caracterizada pela abertura do mercado e grande participação da população brasileira. Já somos mais de 500 mil brasileiros investindo em ações. Que façamos isso sempre com bom senso, conhecimento e planejamento (saber pensar no futuro). O Brasil merece!
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Crédito da foto para stock.xchng.