O bitcoin atingiu nova mínima de preço em dois meses nesta sexta-feira, rompendo relativa estabilidade em que operava em um intervalo estreito, conforme uma onda de aversão a risco varria os mercados mundiais.
Na quinta-feira, a principal criptomoeda do mundo caiu 7,2%, na maior queda em um dia desde novembro de 2022, quando a corretora norte-americana FTX entrou em colapso.
A moeda digital então caiu nesta sexta-feira para o menor patamar em dois meses, a 26.172 dólares durante o pregão asiático, menor cotação desde 16 de junho. Por volta das 10h49 (horário de Brasília), a criptomoeda reduzia perdas para 1,1%, a 26.354 dólares.
O ether, a segunda criptomoeda mais importante, mantinha-se relativamente estável, a 1.682,90 dólares, após queda também acentuada na quinta-feira.
Os mercados globais têm sido atingidos por uma onda de vendas. No Brasil, a bolsa de valores de São Paulo ainda não fechou uma sessão no azul em agosto. Preocupações sobre o crescimento econômico da China e com o rumo dos juros nos Estados Unidos têm pressionado a confiança dos investidores.
Alguns analistas atribuíram a queda das criptomoedas a uma reportagem do Wall Street Journal de que a SpaceX vendeu suas participações em bitcoin depois de registrar uma baixa contábil de 373 milhões de dólares.
A reportagem sobre a SpaceX foi o “catalisador imediato” para a liquidação do bitcoin, disse Ben Laidler, estrategista de mercados globais da eToro.
Joseph Edwards, chefe de pesquisa da Enigma Securities, atribuiu a mudança no preço do bitcoin à baixa volatilidade e à falta de entusiasmo dos investidores de varejo.
O bitcoin estava pairando perto de 30 mil dólares nos últimos meses, tendo se recuperado gradualmente este ano depois de cair drasticamente em 2022, quando várias empresas do setor colapsaram, deixando os investidores com grandes perdas.