Após uma sequência de 13 quedas consecutivas, o Ibovespa (IBOV) encontrou algum alento nesta sexta-feira (18) terminar a sessão com uma leve alta de 0,37%, aos 115.408 pontos. A desvalorização no mês chegou a 5% e “algum ajuste técnico era esperado”, avalia a Ágora Investimentos.
Desde a sua criação, em 1968, essa foi a primeira vez em que viu-se tamanha série de baixas: o recorde anterior se mantinha desde 1970.
Os analistas, contudo, destacam para o perfil contido desta correção, que tem acontecido lentamente e sugere que o mercado está reticente em vender as ações nestes níveis de preço.
“Embora chame atenção pela duração, a magnitude do movimento não é tão significante como nas outras oportunidades”, aponta a Hemcorp Commcor em um relatório.
Uma possível resposta para isso pode ser a participação dos investidores estrangeiros, especialmente de longo prazo, que olham para a bolsa brasileira em dólar, cuja queda chega a 10%.
“Ainda assim, e ciente que o movimento local aparenta derivar em sua maioria do exterior, é importante termos em mente a reversão de sentimento até então observada neste mês, sendo bastante ricas as discussões acerca da duração dessa correção”, lembra a Hemcorp Commcor.
Ou seja, o ambiente deve continuar desconfortável para os ativos de riscos, com os investidores vigilantes em relação à saúde da economia chinesa e receios de vigilância continuada por parte dos principais Bancos Centrais no combate à inflação, com destaque ao caso norte-americano.