Os contratos futuros de minério de ferro ampliaram os ganhos nesta quarta-feira, com os preços na China subindo mais de 5%, à medida que crescia o otimismo em relação às perspectivas de demanda no maior produtor de aço do mundo, impulsionado em parte por medidas de apoio.
A falta de diretivas claras e novas por parte das autoridades chinesas para que as siderúrgicas reduzissem a produção e limitassem os volumes deste ano aos níveis de 2022, bem como a redução da oferta de sucata de aço e os baixos estoques, também sustentaram os preços do ingrediente siderúrgico.
O minério de ferro mais negociado para janeiro na Bolsa de Commodities de Dalian, da China encerrou as negociações do dia com alta de 3,7%, a 817 iuanes (112,13 dólares) por tonelada, ampliando seus ganhos de um rali de 10 sessões para cerca de 14%. Mais cedo, o contrato chegou a subir 5,6%.
Na Bolsa de Cingapura, o contrato de setembro de referência do minério de ferro avançou 2,1%, para 112,95 dólares por tonelada, após atingir 113,90 dólares, o maior nível desde 26 de julho.
Outros ingredientes siderúrgicos também avançaram, com destaque para o carvão metalúrgico e o coque na bolsa de Dalian ganhando 4,1% e 2,9%, respectivamente.
A contínua política de apoio da China à sua economia em crise e os atuais fundamentos da oferta e demanda alimentaram a recuperação generalizada do mercado ferroso, disseram os analistas.
“O mercado também é impulsionado pela ausência de diretivas governamentais para cortar a produção de aço”, disseram estrategistas de commodities da ANZ em nota.
A China produziu 626,51 milhões de toneladas de aço bruto entre janeiro e julho, um aumento de 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. A expectativa anterior era que Pequim continuaria a restringir a produção de aço este ano para limitar as emissões de carbono.