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Dólar à vista tem maior queda desde janeiro com aprovação de marco fiscal e exterior

A aprovação do novo marco fiscal na Câmara dos Deputados e a queda firme do dólar no exterior

por Reuters
3 min leitura
O cenário externo também ajudou, em um dia de busca por ativos mais arriscados, como as moedas de países emergentes (Imagem: Reprodução/Freepik/@user3512297)

A aprovação do novo marco fiscal na Câmara dos Deputados e a queda firme do dólar no exterior, após a divulgação de dados fracos da economia dos EUA, fizeram a moeda norte-americana à vista ter forte queda ante o real nesta quarta-feira.

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O dólar (USDBLR) à vista fechou o dia cotado a 4,8569 reais na venda, com baixa de 1,63%. Foi a maior queda percentual em um dia desde 6 de janeiro deste ano, quando a moeda norte-americana recuou 2,17%.

Na B3 (B3SA3), às 17:13 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,70%, a 4,8605 reais.

Na noite de terça-feira, a Câmara aprovou o novo marco fiscal, dando fim a negociações entre governo e parlamentares que se arrastavam há semanas. O texto segue agora à sanção presidencial.

Com a aprovação, dois fatores impactaram os mercados nesta quarta-feira: o fato de a votação ter sido concluída, após semanas de adiamentos; e a retirada de pontos do texto vindo do Senado que abriam margem a mais gastos do governo.

“Alguns aspectos negativos foram retirados do texto, mas eles vão vir de outra forma. O mais positivo foi a aprovação em si. A questão de prazo estava ficando delicada, com os adiamentos. A aprovação do novo marco vira uma página, reduz a nebulosidade”, avaliou Cleber Alessie Machado, gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM.

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Segundo ele, o cenário externo também ajudou, em um dia de busca por ativos mais arriscados, como as moedas de países emergentes. O movimento ocorreu na esteira da divulgação de números fracos sobre a economia norte-americana.

A S&P Global informou que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto dos EUA, que acompanha os setores de manufatura e serviços, caiu para 50,4 em agosto, de 52 em julho, na maior baixa desde novembro de 2022. Na prática, a atividade empresarial aproximou-se em agosto da estagnação, com o crescimento no ritmo mais fraco desde fevereiro.

Os números norte-americanos somados às dificuldades recentes na China e na Europa elevaram a percepção de que a inflação nos EUA pode desacelerar a ponto de o Federal Reserve manter sua taxa de referência no patamar atual, na faixa de 5,25% a 5,50%, ou começar a cortá-la antes do previsto.

Neste cenário, o dólar cedia ante moedas fortes e praticamente todas as divisas de emergentes e exportadores de commodities, incluindo o real.

Às 17:13 (de Brasília), o índice do dólar que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas caía 0,18%, a 103,400.

Durante a tarde, o Banco Central informou que o Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 3,790 bilhões de dólares em agosto até dia 18.

Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de 366 milhões de dólares. Pelo canal comercial, o saldo de agosto até dia 18 foi positivo em 4,156 bilhões de dólares.

Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de outubro.

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