Os contratos futuros de minério de ferro na bolsa de Dalian ampliaram as quedas nesta terça-feira, com traders permanecendo cautelosos com a redução das margens do aço e a falta de quaisquer sinais claros de melhora na demanda downstream, apesar de uma série de medidas de estímulo introduzidas no fim de semana para reavivar o sentimento.
O minério de ferro mais negociado para janeiro na Dalian Commodity Exchange (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 1,04%, a 810,5 iuanes (111,22 dólares) por tonelada.
A fraqueza contínua ocorreu após “expectativas de que as medidas de apoio não produziriam um crescimento significativo na demanda e, em vez disso, as finanças frágeis do setor siderúrgico provavelmente limitarão a sua capacidade de retomar a atividade”, disseram analistas da ANZ.
Os investidores estão perdendo a paciência com o que consideram medidas incoerentes e lentas por parte da China para reanimar a sua economia em crise e neutralizar uma crise imobiliária cada vez mais profunda.
A redução das margens do aço também agiu como um obstáculo para o consumo de matérias-primas, incluindo minério de ferro.
As siderúrgicas chinesas sofreram graves perdas entre janeiro e julho, com os lucros industriais caindo 90,5% no ano, mostraram dados do Departamento Nacional de Estatísticas.
O minério de ferro de referência para setembro na Bolsa de Cingapura, no entanto, subiu 0,29%, para 112,6 dólares a tonelada.
Outros ingredientes siderúrgicos também registraram perdas, com destaque para o carvão metalúrgico e coque em Dalian, que caíram 2,69% e 2,14%, respectivamente.
“O controle da produção não resultou em uma queda acentuada na produção de aço no curto prazo, ao mesmo tempo em que a demanda downstream permanece fraca”, disseram analistas da Sinosteel Futures.