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Dinheirama Entrevista: Sergio Furio, CEO do bankFacil

por Conrado Navarro
3 min leitura

Dinheirama Entrevista: Sergio Furio, CEO do bankFacilA informação certa geralmente tem um papel fundamental em nossas escolhas financeiras. Qual o banco que oferece as melhores condições para contratação de um determinado produto? E o cartão de crédito, será que vale a pena pesquisar para encontrar opções que atendam aos meus objetivos e tenham juros mais baixos? Informar-se, aprender e colocar em prática esse conhecimento contribui para nosso sucesso financeiro.

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É sobre isso que conversei com Sergio Furio, sócio-fundador do bankFacil, uma solução brasileira de finanças pessoais cuja proposta é auxiliar pessoas a melhorar suas escolhas relacionadas aos produtos bancários. Sua trajetória teve início na Europa, onde trabalhou no banco de investimentos Deutsche Bank, mudando-se posteriormente para o Boston Consulting Group, onde especializou-se em assessoria estratégica aos principais bancos de varejo.

Inicialmente na Europa e depois em Nova Iorque, Sergio focou seus esforços em estratégias de crescimento e melhora da experiência dos clientes. Fundamentado nessa experiência, trouxe ao Brasil um modelo inovador: um portal integrado e online para ajudar os clientes bancários.

Confira como foi nosso papo:

Sergio, você é um dos muitos estrangeiros que estão trabalhando/empreendendo no Brasil e deve ter aprendido muito sobre algumas características dos brasileiros em relação ao dinheiro. O que mais o impressiona? Que diferenças temos e onde podemos crescer e melhorar?

Sergio Furio: Acredito que o brasileiro se acostume e se adapte facilmente a tudo. Embora essa característica possa ser positiva em alguns aspectos, quando o assunto se refere às finanças pode impedi-lo de construir um patrimônio que lhe permita viver com qualidade de vida.

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Acostumar-se não representa vantagem quando ficamos estagnados. Embora os brasileiros em geral sonhem com uma vida melhor, nem sempre estão dispostos a mudar seus hábitos e abrir mão de costumes antigos para economizar e construir um futuro diferente.

Outro fato é a alta taxa de empreendedorismo. Tem muito brasileiro abrindo seu proprio negócio apenas com o ensino médio como bagagem escolar. O desafio é também conseguir um aumento do empreendedorismo com pessoas licenciadas e pós-graduadas.

O brasileiro ainda tem uma relação muito superficial com os bancos. Desconhecemos limites, taxas e as vantagens de optar por produtos iguais em outros bancos. Você está à frente do bankFacil.com.br, que pode ajudar as pessoas nesse sentido. Em que o consumidor deve prestar mais atenção?

S. F.: O consumidor deve procurar estar sempre informado. Infelizmente, as instituições financeiras não possuem a estrutura adequada para compreender seu cliente, as dúvidas frequentes que ele tem e o tipo de produto que procuram.

O que fazemos no bankfacil é assumir essa responsabilidade ao oferecer aos nossos usuarios conteúdos que eles pesquisam com frequência na Internet. Queremos entender os clientes dos bancos, o que eles pesquisam, quais as suas dúvidas. Só assim podemos oferecer para esse cliente a melhor opção, seja no banco X ou no produto Y.

Se existe desinteresse por parte das pessoas, um pouco disso é responsabilidade dos próprios bancos ao não compreender o comportamento e os anseios dos consumidores. Nas conversas que tiveram com as diferentes instituições financeiras e bancárias, essa falta de sintonia é uma preocupação existente? Como melhorar isso?

S. F.: A falta de sintonia já começa dentro de algumas instituições. Elas estão lançando algumas iniciativas de responsabilide social, por exemplo, em parte para controlar a inadimplência. O consumidor, por sua vez, sabe que dificilmente será atendido de forma diferente em outra instituição e acaba por adquirir o cartão que deseja sem conhecer o seu custo, beneficiando uma empresa que provavelmente não lhe atende como deveria.

Os consumidores reclamam do banco, das taxas abusivas, dos serviços prestados, do atendimento, mas dificilmente tomam a iniciativa de mudar de banco. Ambos os lados desse relacionamento tem responsabilidades, direitos e deveres que podem (e devem) exercer com mais cuidado e atenção.

O mercado de cartões de crédito é um dos que mais oferecem produtos diferentes. No bankFacil.com.br também é possível comparar cartões de crédito? Quais são os parâmetros que o consumidor deve observar antes de decidir-se e como proceder?

S. F.: Sim, nosso foco nesse começo de atividades no site foram os cartões de crédito. O foco é educação financeira, mas no comparador de cartões o usuário pode comparar mais de 500 cartões, tanto de crédito, quanto débito, pré-pagos e cartões de loja.

Além de comparar cartões de crédito, o site ainda oferece um simulador de benefícios dos cartões onde o usuário pode calcular o quanto ganharia em benefícios com aquele cartão, fornecendo seu gasto mensal com o pagamento do plástico.

A questão central é que o consumidor deve olhar para si mesmo antes de escolher seu cartão, identificando assim suas necessidades e gostos. Existem produtos focados em consumidores que gostam de viajar, outros focados na compra de produtos, carros, vantagens no celular e por ai vai.

Escolher o cartão de crédito exige que essa autoavaliação seja feita e nós, através do bankfacil, podemos ajudar o consumidor dar este importante passo, a escolher o melhor cartão para e, consequentemente, melhorar sua saúde financeira.

O brasileiro é muito receptivo a utilização de redes sociais e os números de acesso à Internet batem recordes a cada mês que passa. Ao mesmo tempo, boa parte das pessoas ainda tem receio em utilizar o Internet Banking. Olhando esse perfil, você acredita que a internet ainda pode contribuir muito com o processo de bancarização por aqui?

S. F.: Sim, não só no sentido de facilitar a vida das pessoas levando até elas os serviços bancários, mas também na questão da educação financeira. Hoje, temos excelentes sites (o Dinheirama, por exemplo) que estão ai para tirar as dúvidas dos clientes em relação a organização financeira, sites que se aproximam da realidade do leitor.

Nós buscamos isso no bankFacil também, temos como missão desmistificar os produtos bancários brasileiros e mostrá-los com clareza e simplicidade aos seus usuários. Isso é bancarização, fazer os usuários entenderem os bancos e instruí-los a enxergar essas instituições da forma como elas são, destruindo esteriótipos do tipo “Os bancos só querem roubar meu dinheiro”, ou “Conta no banco é sinônimo de taxas, tarifas”.

O que você diria ao consumidor que é assíduo em relação à Internet, mas que ainda não usa sua força para gerenciar melhor suas decisões financeiras e atividades cotidianas em relação aos serviços financeiros?

S. F.: Eu mostraria para ele que o horizonte é mais amplo do que ele imagina. A Internet está ai para ser usada a nosso favor, existe um mundo de informação sobre como gerenciar suas finanças pessoais, existem aplicativos, ferramentas (o planejador financeiro de bankFacil, por exemplo) que estão à disposição desse usuário, prontas para serem usadas, bastando um clique para que ele comece a se organizar financeiramente.

Sergio, obrigado pela participação e parabéns pelo trabalho. Por favor deixe uma mensagem final aos leitores que se interessaram em conhecer mais sobre seu trabalho e o cuidado com o seu bolso. Até mais.

S. F.: Muito obrigado a vocês do Dinheirama pelo ótimo trabalho e pelo espaço. A mensagem que deixo é para que os usuários procurem conhecer os produtos que têm em mãos, coisas como: como funciona seu cartão de crédito? Ele acumula pontos? Que tipo de seguros ele têm?

São informações importantes e o Brasil tem um histórico muito ruim no que diz respeito à compreensão desses produtos bancários. Então, caro leitor, busque melhorar no aprendizado. Se precisar de uma ajuda, nós do bankFacil estamos à disposição. Acesse www.bankfacil.com.br e conheça o site. Um abraço e até a próxima.

Foto: divulgação.

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