Os contratos futuros do minério de ferro subiram nesta quarta-feira, com os investidores motivados pelas perspectivas de novas medidas da China para apoiar o setor imobiliário local em dificuldades, que é o maior consumidor de aço na segunda maior economia do mundo.
O minério de ferro mais negociado para janeiro na Dalian Commodity Exchange (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 1,97%, a 829 iuanes (113,68 dólares) por tonelada, perto da máxima de três semanas de 834 iuanes por tonelada atingida na segunda-feira.
O minério de ferro de referência para setembro na Bolsa de Cingapura subiu 1,76%, para 114,15 dólares por tonelada.
Guangzhou tornou-se na quarta-feira a primeira grande cidade chinesa a anunciar uma flexibilização das restrições às hipotecas.
Isto ocorreu depois de alguns bancos estatais chineses terem afirmado que iriam em breve reduzir as taxas de juro das hipotecas existentes, informou a Reuters, à medida que Pequim intensificava os esforços para reanimar o setor.
“A China anunciou algumas medidas para apoiar o setor imobiliário em crise. Estas medidas contribuíram para um sentimento mais amplo”, disseram analistas do ING Bank.
Outros ingredientes siderúrgicos também se fortaleceram, com destaque para o carvão metalúrgico e coque subindo 2,5% e 1,99%, respectivamente, na bolsa de Dalian.
A maioria dos índices de referência do aço na Bolsa de Futuros de Xangai registrou ganhos. O vergalhão avançou 0,95%, para 3.713 iuanes por tonelada, a bobina laminada a quente ganhou 0,39% e o fio-máquina subiu 1,64%.
“Embora os preços tenham ganhado força graças às últimas medidas de estímulo, ainda achamos que 3.750 iuanes por tonelada será um nível de resistência para o vergalhão (de aço). É difícil romper esse nível no curto prazo”, disse Cheng Peng, analista da Sinosteel Futures em Pequim.