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Dólar tem pouca alteração frente ao real após PIB dos EUA

Por volta de 10h28 (de Brasília), o dólar à vista mostrava variação positiva de 0,13%, a 4,8117 reais na venda

por Reuters
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O dólar alternava estabilidade e leve alta frente ao real na manhã desta quarta-feira, conforme investidores digeriam dados mais fracos do que o esperado do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos, que podem suavizar a trajetória de política monetária do Federal Reserve.

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Por volta de 10h28 (de Brasília), o dólar à vista mostrava variação positiva de 0,13%, a 4,8117 reais na venda.

Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8556 reais na venda, com baixa de 0,41%.

Dados de mais cedo mostraram que o crescimento econômico dos Estados Unidos no segundo trimestre foi revisado para baixo, embora a um ritmo ainda sólido, de 2,1%.

Imediatamente após a divulgação dos dados, o dólar chegou a apresentar leve baixa frente ao real, antes de retomar fôlego e passar a rondar a estabilidade.

“A segunda leitura do PIB veio um pouco mais baixa do que a primeira e o PCE (do segundo trimestre) mostra arrefecimento inflacionário significativo, de forma que o Fed provavelmente vai parar o ciclo de aperto monetário com o que já foi feito”, disse à Reuters Matheus Pizzani, economista da CM Capital.

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Além disso, ele afirmou que a “expectativa é de que o ‘payroll’ confirme a tendência de arrefecimento da economia” norte-americana. Pizzani se referiu ao relatório mensal de criação de empregos do governo dos Estados Unidos, que é acompanhado de perto pelo Federal Reserve e será divulgado na sexta-feira.

Juros mais altos nos EUA tendem a impulsionar o dólar ao tornar os retornos do mercado de renda fixa norte-americano mais atraentes, enquanto a perspectiva de uma postura monetária mais branda por lá costuma beneficiar moedas rivais do dólar, principalmente as de países com taxas mais altas, que oferecem maior rentabilidade.

No Brasil, a taxa Selic está atualmente em 13,25%, depois que o Banco Central iniciou o que deve ser um ciclo de afrouxamento monetário no início deste mês.

“Uma vez que está se mantendo a taxa de juros mais alta lá fora e se reduzindo a interna, existe possibilidade de que isso afete nosso câmbio. Mas, por mais que abra espaço para essa reversão aqui, quando você olha para outros emergentes, (Brasil)ainda tem juro real alto”, disse Pizzani.

Segundo ele, o mercado tem reagido de forma positiva a indícios de que o governo vai “caminhar nessa trilha de equalizar as contas públicas para o ano que vem”, após anúncio de medidas para elevar a arrecadação e com expectativas em relação ao envio do Orçamento de 2024 ao Congresso na quinta-feira.

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