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Ibovespa avança com apetite a risco global em dia de agenda cheia

Em Wall Street, o S&P 500 mostrava acréscimo de 0,4%, em meio a dados melhores do que as projeções sobre a criação de empregos nos EUA em agosto

por Reuters
3 min leitura
Pré-Mercado

O Ibovespa avançava nesta sexta-feira, com Vale entre os destaques de alta, embalado pelo cenário externo favorável a ativos de risco, com dados do mercado de trabalho norte-americano corroborando apostas de uma pausa no ciclo de alta dos juros nos Estados Unidos.

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O desempenho da atividade industrial na China melhor do que o esperado e novas medidas de Pequim para estimular a segunda maior economia do mundo reforçavam tom positivo, enquanto, no Brasil, o PIB cresceu acima das expectativas segundo trimestre, ampliando o noticiário benigno no primeiro pregão de setembro.

Às 11h06, o Ibovespa subia 1,38%, a 117.338,58 pontos. O volume financeiro somava 5,3 bilhões de reais

A recuperação no pregão brasileiro ocorre após fechar agosto com declínio acumulado de 5%, quebrando uma sequência de quatro meses de alta, em meio a saída de capital externo, enquanto as últimas sessões ainda foram pressionadas por preocupações com o cenário fiscal do país.

Em Wall Street, o S&P 500 mostrava acréscimo de 0,4%, em meio a dados melhores do que as projeções sobre a criação de empregos nos EUA em agosto, mas aumento na taxa de desemprego e moderação no crescimento dos salários.

De acordo com o economista-sênior do Inter, André Cordeiro, embora o comportamento dos salários ainda possa preocupar o Federal Reserve porque continuam em patamares elevados, há sinais de que a política monetária está desacelerando o mercado de trabalho.

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“A tendência é de esfriamento do mercado de trabalho… Acho que está posto para a próxima reunião (nos dias 19 e 20 de setembro) o Fed não fazer nada, pular essa decisão, esperar chegar em novembro para ter uma maior quantidade de dados disponíveis pra averiguar”, afirmou.

Na China, o Índice de Gerentes de Compra (PMI) para a indústria do Caixin/S&P Global subiu a 51 em agosto, de 49,2 em julho, superando as previsões dos analistas de 49,3. Em paralelo, o banco central disse que reduzirá a taxa de reserva cambial e bancos cortaram taxas para hipotecas.

A sexta-feira ainda contava com a divulgação do PIB brasileiro, que mostrou expansão de 0,9% no segundo trimestre na comparação com os três meses anteriores, ante expectativa em pesquisa de Reuters de um avanço de 0,3%. Ainda assim, representa descaceleração frente ao primeiro trimestre.

Análise técnica do Itaú BBA diz que o Ibovespa está em cenário de indefinição no curto prazo.

“Para que as compras voltem ao radar do investidor, é fundamental que a cotação se sustente por pelo menos dois fechamentos acima dos 118.200 pontos, o que abriria espaço para um avanço em curto prazo até os 123.000 pontos”, afirmaram em relatório a clientes. “Do lado da baixa, o índice possui suportes em 115.300 e 114.000 pontos.”

DESTAQUES

– VALE ON avançava 3,53%, a 67,38 reais, beneficiada pelo noticiário chinês, assim como alta dos futuros do minério de ferro na China. O JPMorgan também elevou a recomendação dos papéis da companhia para “overweight”, com preço-alvo de 79 reais, de 75 reais anteriormente. O BTG Pactual também incluiu a ação na sua carteira recomendada para setembro.

– PETROBRAS PN valorizava-se 0,66%, a 32,15 reais, em dia de alta dos preços do petróleo no mercado externo, onde o Brent tinha elevação de 1,52%, a 88,15 dólares o barril.

– ITAÚ UNIBANCO PN mostrava acréscimo de 0,89%, a 27,66 reais, e BRADESCO PN subia 0,47%, a 15,02 reais, acompanhando o viés mais comprador na bolsa, após pressão negativa nos últimos dois pregões com receios dos efeitos de medidas do governo para elevar receitas fiscais.

– VIA ON subia 3,15%, a 1,31reais, e MAGAZINE LUIZA ON valorizava-se 0,72%, a 2,78 reais, buscando apoio no clima positivo como um todo após fortes perdas em agosto – de 41,2% e 17,6%, respectivamente. O índice do setor de consumo na B3 mostrava acréscimo de 1,41%.

– GPA ON caía 1,01%, a 4,89 reais, ampliando a correção negativa desde a cisão de participação no Éxito. Também no radar está a notícia de que agência de classificação de risco cortou o rating do Casino, principal acionista do GPA, para “D”, indicando um provável “default”, após o Casino não pagar os juros de um bond.

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