A BrasilAgro (AGRO3) irá distribuir menos dividendos no futuro como resultado de um pior desempenho para as commodities agrícolas, avalia a Genial Investimentos.
O analista Lucas Bonvent observa que a estratégia de hedge da BrasilAgro está atrasada.
“Especialmente considerando nosso viés pessimista atual, impulsionado pela perspectiva de que os preços dos grãos continuarão sob pressão”, diz.
Apesar da expectativa de que nos EUA a safra seja mais fraca, no Brasil ela deve ser recorde e melhor na Argentina.
Resultados
A BrasilAgro divulgou na terça-feira, após o fechamento do mercado, o resultado do último trimestre fiscal de 2023 com um desempenho fraco.
A receita líquida operacional foi de R$ 257,7 milhões, uma queda de 26,5% ano ano, atribuída principalmente aos menores preços das commodities agrícolas.
O resultado, no entanto, foi parcialmente compensado pelas vendas de fazendas que gerou uma receita de R$ 346,1 milhões. O Ebitda operacional chegou a R$ 36,7 milhões, mas o resultado final foi um prejuízo de R$ 85,9 milhões.
Dividendos
A venda de fazendas garantiu uma distribuição de dividendos de R$ 320 milhões, o que significa um dividend yield de 12,9%.
Contudo, considerando a estimativa de preços mais baixos para as commodities agrícolas, os dividendos tendem a ser menores no futuro.
Com isso, a recomendação para as ações da BrasilAgro foi cortada de compra para venda. O preço-alvo passou a R$ 28.