Uma ventania, acompanhada das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul ao longo da semana, danificou parte do telhado de armazéns em que a CMPC Brasil, do grupo CMPC (CMPC), mantém estocada a celulose para exportação, na cidade de Rio Grande, causando um prejuízo “ainda a ser avaliado”, disse a empresa em nota à Reuters nesta sexta-feira.
A empresa disse que a sua unidade industrial localizada em Guaíba, próximo ao rio Guaíba, cujo nível de água na quinta-feira chegou a atingir 2,46 metros e preocupou as autoridades, não sofreu nenhum tipo de contratempo em função dos fortes ventos e chuvas que vêm atingindo a região Sul.
“A operação florestal também não foi diretamente afetada pelos fortes ventos, mas há registros de alguns acessos às zonas florestais bloqueados pela água”, acrescentou em nota.
Ciclone extratropical
O número de mortos e desaparecidos em decorrência da passagem de um ciclone extratropical no Rio Grande do Sul no início da semana já soma 41 e 46, respectivamente, de acordo com dados mais recentes do governo do Estado. No total, 87 municípios gaúchos foram afetados.
O governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), anunciou 1 bilhão de reais em operações de financiamento pelo Banrisul e 20 milhões de reais pela Secretaria da Saúde para as regiões atingidas.
A CMPC acrescentou em nota que sua operação direcionou caminhões-pipa aos municípios de Lajeado e Estrela para ajudar na limpeza e na reconstrução local.
O grupo CMPC conta com 44 plantas industriais no Brasil, Chile, Argentina, Colômbia, Equador, México, Peru e Uruguai. A empresa iniciou suas operações no Brasil em 2009, quando adquiriu a unidade industrial de Guaíba, no Rio Grande do Sul.