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Ibovespa fecha acima de 119 mil pontos com impulso de Vale e Casas Bahia desaba

O volume financeiro do pregão, véspera de vencimento de opções sobre ações, somava 22,2 bilhões de reais

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: Reprodução/Site oficial B3)

O Ibovespa (IBOV) fechou em alta nesta quinta-feira, com novas medidas de suporte à economia chinesa apoiando ações sensíveis a commodities, notadamente Vale (VALE3), que saltou mais de 4%.

Na contramão, os papéis do Grupo Casas Bahia (BHIA3) desabaram após a oferta de ações do grupo varejista sair com um desconto expressivo.

Investidores também repercutiram decisão do Banco Central Europeu de elevar os juros a um pico recorde, embora com sinalização de que essa provavelmente será a última alta, assim como uma bateria de dados nos Estados Unidos, enquanto aguardam decisão do Federal Reserve (Fed) na próxima semana.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,03%, a 119.391,55 pontos, no maior patamar de fechamento desde 4 de agosto. Na semana, o índice acumula alta de 3,54%. O volume financeiro do pregão, véspera de vencimento de opções sobre ações, somou 23,9 bilhões de reais.

De acordo com o analista da Terra Investimentos Luis Novaes, houve um impacto significativo dos novos estímulos econômicos na China sobre o desempenho de ativos locais com exposição àquele mercado, a exemplo do setor de commodities, que tem peso relevante no Ibovespa.

Ele também destacou a melhora na perspectiva para os juros no Hemisfério Norte, tendo em vista que o dado de inflação dos EUA na véspera diminuiu a chance de novo aumento dos juros pelo Fed ao longo do ano, especialmente na próxima reunião, enquanto o BCE sinalizou pausa no aperto monetário.

Para Novaes, mesmo os dados mais fortes do que o esperado para vendas no varejo e preços ao produtor nos EUA, divulgados nesta quinta-feira, não são suficientes para justificar uma alta de juros pelo Fed na próxima semana, uma possibilidade vista como bem negativa para ativos de risco.

Em Wall Street, o S&P 500 fechou com acréscimo de 0,84%.

O Fed reúne-se na próxima semana, nos dias 19 e 20, para decidir sobre a política monetária norte-americana, com a decisão sendo conhecida na quarta-feira. No mercado, a curva de juros precifica majoritariamente uma manutenção da taxa de juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano.

Destaques

Vale (VALE3) avançou 4,1%, a 70,12 reais, conforme os futuros do minério de ferro subiram pelo quarto pregão consecutivo na Ásia. Além disso, analistas do JPMorgan elevaram suas previsões para o preço-alvo da Vale e de outras empresas do setor, assim como a recomendação de Bradespar (BRAP4), que se valorizou 5,17%.

Petrobras (PETR4) fechou com elevação de 2,54%, a 33,87 reais, renovando máximas históricas e chegando a 34 reais no melhor momento, também favorecida pela alta dos preços do petróleo no exterior. O barril de Brent fechou em alta de 1,98%.

Casas Bahia (BHIA3) desabou 18,92%, a 0,9 real, tendo chegado a 0,76 real no pior momento, após vender ações a 0,80 real cada em follow-on, desconto de quase 28% em relação ao fechamento do papel na quarta-feira.

Ainda no radar há riscos de uma antecipação de dívida e a possibilidade de investidores desistirem de participar da oferta de ações.

No setor, Magazine Luiza (MGLU3) encerrou em baixa de 1,53%, a 2,58 reais.

Itaú Unibanco (ITUB4) registrou variação negativa de 0,4%, a 27,64 reais, enquanto Bradesco (BBDC4) terminou com acréscimo de 0,4%, a 14,95 reais.

BTG Pactual (BPAC11) avançou 2,31%, a 33,6 reais, mais uma vez respondendo pelo melhor desempenho entre os bancos listados no Ibovespa.

Azul (AZUL4) perdeu 4,31%, a 13,1 reais, e GOL (GOOL4) recuou 3,09%, a 6,59 reais, em sessão mais negativa para diversos papéis sensíveis à economia brasileira.

Entre os índices setoriais da B3, o de consumo cedeu 1,12% e o imobiliário caiu 0,4%.

Cosan (CSAN3) subiu 3,19%, a 18,43 reais, favorecida pelas perspectivas para a Vale dada a participação do conglomerado na mineradora, mas tendo ainda de pano de fundo apresentação do projeto de lei “Combustível do Futuro”, que tem como uma das frentes o aumento do percentual de etanol anidro na gasolina para até 30% e deve viabilizar investimentos de 250 bilhões de reais.

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