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Na ONU, Biden pedirá ao mundo que continue apoiando a Ucrânia

Na quarta-feira, Biden se encontrará com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e se juntará a ele em um evento com representantes do Brasil e dos Estados Unidos

por Reuters
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Em seu discurso, Biden planeja argumentar que a invasão da Ucrânia e a ocupação do território pela Rússia em fevereiro de 2022 é uma violação da Carta da ONU, cujo princípio principal é o respeito à soberania e à integridade territorial, disseram autoridades norte-americanas

 O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, usará seu discurso na Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira para fazer um apelo veemente para que os líderes mundiais apoiem a Ucrânia contra os invasores russos – e ele espera que os republicanos no Congresso também prestem atenção.

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O discurso de Biden no encontro anual é o evento central de sua visita de três dias a Nova York, que incluirá reuniões com os chefes de cinco nações da Ásia Central e os líderes de Israel e do Brasil.

Biden, um democrata, fez da mobilização dos aliados dos EUA para apoiar a Ucrânia um componente importante da política externa dos EUA, argumentando que o mundo precisa enviar um sinal claro ao presidente russo, Vladimir Putin, de que ele não será capaz de superar o Ocidente.

“Convocamos o mundo para apoiar a Ucrânia e a Otan unida porque, no início, eu estava convencido de que Putin contava que a Otan não conseguiria se manter unida e isso seria suficiente” para a vitória, disse Biden em um evento de arrecadação de fundos para a campanha eleitoral em Nova York na segunda-feira.

Mas Biden tem enfrentado críticas de alguns republicanos que querem que os Estados Unidos gastem menos dinheiro lá. O ex-presidente Donald Trump, principal candidato à indicação republicana na eleição presidencial de 2024, argumentou que buscaria um fim rápido para a guerra se fosse eleito novamente.

O presidente da Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy, o principal republicano em Washington, questionou se os EUA deveriam continuar enviando bilhões em armamentos para a Ucrânia.

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Em seu discurso, Biden planeja argumentar que a invasão da Ucrânia e a ocupação do território pela Rússia em fevereiro de 2022 é uma violação da Carta da ONU, cujo princípio principal é o respeito à soberania e à integridade territorial, disseram autoridades norte-americanas.

“Ele fará uma defesa muito completa de por que apoiar a Ucrânia realmente importa, não apenas para nossa segurança nacional, mas para a manutenção da Carta da ONU e a ideia de soberania e integridade territorial e o que tudo isso significa”, disse um autoridade de alto escalão do governo.

Outra autoridade do governo afirmou que Biden e as autoridades dos EUA também se concentrariam na mobilização de recursos para infraestrutura e desenvolvimento sustentável e no combate às mudanças climáticas.

Maiorias sólidas de norte-americanos apoiam o fornecimento de armamentos à Ucrânia para se defender da Rússia e acreditam que essa ajuda demonstra à China e a outros rivais dos EUA a vontade de proteger os interesses e os aliados dos EUA, de acordo com uma pesquisa da Reuters/Ipsos em junho.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, deve visitar Biden na Casa Branca na quinta-feira e também se reunir com alguns líderes do Congresso.

Na quarta-feira, Biden se encontrará com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e se juntará a ele em um evento com representantes do Brasil e dos Estados Unidos.

Também na quarta-feira, Biden terá sua primeira reunião cara a cara com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, desde que Netanyahu reassumiu o poder em dezembro passado.

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