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Unidade da Huawei vende chips de vigilância fabricados na China

por Reuters
3 min leitura
Até 2021, a participação da HiSilicon no mercado global caiu para apenas 3,9%, de acordo com dados da empresa de consultoria Frost & Sullivan.

Uma unidade da Huawei está vendendo novos chips fabricados na China para câmeras de vigilância, em um novo sinal de que a gigante chinesa da tecnologia está encontrando maneiras de contornar quatro anos de controles de exportação dos Estados Unidos, disseram duas fontes informadas sobre os esforços da empresa.

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As vendas para fabricantes de câmeras de vigilância da unidade de design de chips HiSilicon da empresa começaram este ano, de acordo com uma das fontes e uma terceira fonte familiarizada com a cadeia de suprimentos do setor. Uma das fontes informadas sobre a unidade disse que pelo menos alguns dos clientes eram chineses.

“Esses chips de vigilância são relativamente fáceis de fabricar em comparação com os processadores de smartphones”, disse a fonte familiarizada com a cadeia de suprimentos do setor de câmeras de vigilância, acrescentando que o retorno da HiSilicon abalaria o mercado.

A HiSilicon fornece principalmente chips para equipamentos da Huawei, mas tem clientes externos, como a Dahua Technology e a Hikvision. Antes dos controles de exportação norte-americanos, a companhia era fornecedora dominante de chips para o setor de câmeras de vigilância, com a corretora Southwest Securities estimando sua participação global em 2018 em 60%.

Até 2021, a participação da HiSilicon no mercado global caiu para apenas 3,9%, de acordo com dados da empresa de consultoria Frost & Sullivan.

Uma das fontes informadas sobre os esforços da unidade disse que a HiSilicon havia vendido alguns chips de vigilância de baixo custo desde 2019, mas que seu foco estava na arena de alto custo e na recuperação da participação de mercado de empresas como a taiwanesa Novatek Microelectronics.

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As três fontes não quiseram ser identificadas devido à sensibilidade do assunto. A Huawei não quis comentar.

As sanções dos Estados Unidos estrangularam o acesso da HiSilicon ao software de automação de projeto eletrônico (EDA) da Cadence Design Systems e da Synopsys, e da Mentor Graphics da Siemens. Os produtos das três empresas dominam o setor de design de chips, que produz projetos de chips antes de sua fabricação em massa.

O analista da TechInsights, Dan Hutcheson, disse que sua análise do telefone Mate 60 Pro da empresa e de outros componentes, como o chip de energia de radiofrequência, também sugeriu que a Huawei teve acesso a ferramentas sofisticadas de EDA que “não deveriam ter”.

“Não sabemos se eles as obtiveram de forma ilícita ou, mais provavelmente, os chineses desenvolveram suas próprias ferramentas de EDA”, disse.

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