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Ibovespa fecha em leve queda com Vale e Weg atenua perda

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,1%, a 115.895,81 pontos

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: Reprodução/Site Oficial/B3)

O Ibovespa (IBOV) fechou com um declínio discreto nesta segunda-feira, pressionado particularmente pela queda de Vale (VALE3) na esteira do recuo do minério de ferro por preocupações com a China, enquanto Weg (WEGE3) avançou quase 5% após anunciar a maior aquisição da sua história.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,07 %, a 115.924,61 pontos, após os ajustes finais. Na máxima do dia, chegou a 116.030,83 pontos, e na mínima, a 115.573,35 pontos.

O volume financeiro somou apenas 17,1 bilhões de reais, bem abaixo da média diária do ano, de 25,4 bilhões de reais.

De acordo com análise técnica do Itaú BBA, o Ibovespa ainda não mostrou sinais de possível recuperação após decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos na última quarta-feira, com índices como o Small Caps e do setor de consumo mostrando fragilidade ao perderem suportes na semana passada.

“Esse movimento aumenta a pressão na região dos 114.000 pontos para o Ibovespa”, afirmou em nota a clientes, estimando que se perder essa região retomará a trajetória de baixa, com o próximo suporte em 111.600 pontos.

Em caso de recuperação, veem os 119.800 pontos ainda como uma referência de curto prazo.

A queda nesta sessão, penúltimo pregão de agosto, ocorre após duas sessões consecutivas de alta (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)
O volume financeiro somou apenas 17,1 bilhões de reais, bem abaixo da média diária do ano, de 25,4 bilhões de reais
(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Os analisas do Itaú BBA ressaltaram que, no médio prazo, veem um cenário altista, uma vez que o Ibovespa segue acima da sua média móvel de 200 períodos. “Porém, no curto prazo a pressão aumentou e poderemos ver mais quedas à frente.”

No exterior, Wall Street mostrou algum fôlego no final do pregão e o S&P 500 fechou em alta de 0,40%, apesar do avanço nos rendimentos dos Treasuries. Agentes aguardam dados da economia norte-americana na semana em meio à possibilidade de os juros nos EUA permanecerem elevados por mais tempo.

Destaques

Vale (VALE3) caiu 2,06%, a 66,60 reais, conforme os futuros do minério de ferro recuaram nesta segunda-feira, refletindo receios com o consumo de aço mais fraco do que o esperado na temporada de pico de construção e possíveis restrições à produção de aço durante o inverno na China.

O contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange (DCE) encerrou o dia com uma queda de 2,03%.

Petrobras (PETR4) avançou 0,65%, a 34,25 reais, oferecendo algum contrapeso, mesmo com o barril de petróleo Brent fechando quase estável, a 93,29 dólares.

Weg (WEGE3) valorizou-se 4,61%, a 36,13 reais, após acordo para comprar ativos de motores industriais elétricos e geradores da norte-americana Regal Rexnord, em uma transação avaliada em 400 milhões de dólares.

O Bradesco BBI considerou o anúncio positivo, afirmando que a Weg está expandindo suas operações globais, inclusive nos EUA, o que permite à companhia ganhar participação no mercado externo.

Eletrobras (ELET3) subiu 1,73%, a 35,87 reais, também dando uma contribuição positiva relevante. O índice do setor elétrico, por sua vez, cedeu 0,34%.

Casas Bahia (BHIA3) caiu 13,24%, a 0,59 reais, renovando mínimas históricas, enquanto a rival MAGAZINE LUIZA ON recuou 4,02%, a 2,15 reais, em dia de alta dos juros futuros no Brasil.

No caso de Casas Bahia, o papel segue pressionado por incertezas envolvendo a reestruturação da companhia, após uma oferta de ações com desconto expressivo e risco de antecipação de dívida.

Analistas do Goldman Sachs também afirmaram em relatório que a visão de investidores brasileiros para o varejo continua relativamente negativa.

GOL (GOLL4) perdeu 3,58%, a 6,20 reais, em sessão mais negativa para papéis sensíveis a juros e com a alta do dólar ante o real.

O Citi reiterou a recomendação “neutra/alto risco” para as ações da Gol e cortou o preço-alvo dos ADRs de 4,20 para 3,30 dólares. No setor, AZUL PN caiu 2,85%, a 13,98 reais.

CVC (CVCB3) avançou 5,75%, a 2,39 reais. No final da sexta-feira, a operadora de turismo divulgou que fundos geridos pela Absolute Gestão de Investimentos aumentaram a participação na companhia, passando a deter 22.288.174 ações ordinárias, correspondentes a 5,02% do total de ações ordinárias de emissão da empresa.

Itaú Unibanco (ITUB4) ganhou 0,30%, a 27,00 reais, enquanto Bradesco (BBDC4) caiu 0,28%, a 14,11 reais.

O índice do setor financeiro terminou com acréscimo de 0,04%.

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