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Alta do IPCA-15 acelera em setembro sob impacto da gasolina

Com isso, o IPCA-15 passou a acumular nos 12 meses até setembro avanço de 5,0%, contra 4,24% no mês anterior e projeção de analistas de 5,01%

por Reuters
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Os combustíveis em geral tiveram alta de 4,85%, com avanços ainda nos preços do óleo diesel (17,93%) e gás veicular (0,05%).

O IPCA-15 acelerou a alta em setembro diante da pressão do aumento dos preços da gasolina, e a taxa em 12 meses chegou a 5,0% em meio ao processo de redução da taxa básica de juros pelo Banco Central.

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) passou a subir 0,35% em setembro depois de alta de 0,28% em agosto, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado do indicador considerado prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA, ficou um pouco abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,38%.

Com isso, o IPCA-15 passou a acumular nos 12 meses até setembro avanço de 5,0%, contra 4,24% no mês anterior e projeção de analistas de 5,01%.

Essa é a leitura mais alta desde março (+5,36%), ficando acima do teto da meta para a inflação deste ano, que é de 3,25% com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos medida pelo IPCA.

Analistas consideram que a inflação no Brasil já atingiu seu ponto mais fraco no ano e tende a aumentar até o final de 2023, em meio ainda a um mercado de trabalho aquecido que leva atenção principalmente à inflação de serviços.

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O IPCA-15 reflete o impacto sobre a inflação do reajuste grande de combustíveis anunciado em meados de agosto pela Petrobras –aumento de 16,3% nos preços médios da gasolina e de 25,8% nos do diesel vendidos a distribuidoras.

A alta de 5,18% da gasolina representou o maior impacto individual no resultado do IPCA-15 do mês, levando os custos do grupo Transportes a subir 2,02%.

Os combustíveis em geral tiveram alta de 4,85%, com avanços ainda nos preços do óleo diesel (17,93%) e gás veicular (0,05%). O etanol, por outro lado, registrou queda de 1,41%.

A alta de Transportes representou a maior variação entre os seis grupos que subiram em setembro, dos nove pesquisados. Habitação avançou 0,30%, uma vez que os custos da energia elétrica residencial subiram 0,66%.

Já Saúde e cuidados pessoais tiveram avanço de 0,17%, com destaque para a alta de 0,71% no item plano de saúde depois de reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Por outro lado, Alimentação e bebidas, grupo com forte peso nos orçamentos das famílias, apresentou queda de 0,77% em setembro, com forte impacto da deflação de 1,25% da alimentação no domicílio.

Destacam-se as quedas da batata-inglesa (-10,51%), da cebola (-9,51%), do feijão-carioca (-8,13%), do leite longa vida (-3,45%), das carnes (-2,73%) e do frango em pedaços (-1,99%).

Na semana passada, o BC reduziu a taxa básica de juros Selic pela segunda vez seguida em 0,5 ponto percentual, a 12,75%, avaliando nesta terça, na ata dessa reunião, que a redução das expectativas para a inflação virá por meio de uma atuação firme.

O BC já avaliou ser pouco provável intensificar os cortes na Selic à frente, e a ata apontou uma divergência entre diretores da autoridade monetária em relação à dinâmica de preços, principalmente no setor de serviços.

A pesquisa Focus divulgada na segunda-feira pelo Banco Central junto ao mercado mostra que a expectativa é de que o IPCA encerre este ano com alta acumulada de 4,86%, indo a 3,86% em 2024.

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