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Mesmo com petróleo em alta, Petrobras irá importar mais diesel sem reajustes

Faltar combustíveis, nós absolutamente não trabalhamos com essa possibilidade

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: Reprodução/Roque de Sá/Agência Senado)

A Petrobras (PETR4) poderá importar volumes extras de óleo diesel ao Brasil, caso seja necessário e faça sentido para a companhia, disse nesta quinta-feira o CEO Jean Paul Prates, em meio a temores do mercado com restrições de embarques do combustível da Rússia.

“Faltar combustíveis, nós absolutamente não trabalhamos com essa possibilidade. O mercado continua livre e cada uma compra, importa, com as dificuldades e facilidades que tem”, disse Prates, ao ser questionado sobre as medidas que a empresa poderá tomar após o movimento russo.

A Rússia se tornou neste ano a principal fornecedora externa de diesel ao Brasil, tomando o lugar dos norte-americanos, ao ofertar o combustível por preços mais baixos do que os fornecedores mais tradicionais enquanto precisa lidar com sanções ocidentais.

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“Nós temos condições mais competitivas do que qualquer um para importar combustíveis, então nós vamos fazer as importações para atender os nossos contratos e eventualmente uma ou outra cota a mais que seja necessária, e que a gente veja oportunidade para entrar em um mercado novo ou em um cliente novo e que seja bom para nós.”

O cenário ocorre também em momento em que os preços do petróleo seguem em alta, elevando a defasagem dos preços praticados pela Petrobras nas refinarias ante os valores praticados no exterior, o que segundo analistas desestimula importações por terceiros.

Segundo a estatal, esses resultados são importantes para o amortecimento da volatilidade de preços do mercado externo.
O cenário ocorre também em momento em que os preços do petróleo seguem em alta, elevando a defasagem dos preços praticados pela Petrobras (Imagem: Facebook/Petrobras)

O último reajuste em preços de gasolina e diesel feito pela companhia principal produtora de combustíveis no Brasil ocorreu em meados de agosto.

“Os modelos, por enquanto, estão indicando que é possível manter no mesmo patamar sem haver absolutamente nenhum risco para a rentabilidade da empresa”, afirmou Prates.

O presidente da petroleira disse ainda que a companhia está operando atualmente com fator de utilização das refinarias em 94% e pontuou que a Refinaria Gabriel Passos (Regap) vai entrar em parada técnica para manutenção.

A Reuters publicou no início de setembro que a Regap entraria em manutenção programada, informação agora confirmada pelo presidente.

Prates não deu detalhes sobre o período de manutenção da Regap ao falar com a imprensa em evento da companhia com atletas olímpicos patrocinados pela Petrobras.

Memorando com a Vale

O presidente-executivo da Petrobras também disse nesta quinta-feira que a estatal assinará um memorando de entendimento com a mineradora Vale ainda nesta semana para estudar potenciais oportunidades de investimento conjunto em energias renováveis.

“A Vale é um consumidor (de energia) e provavelmente um grande interessado em produção de hidrogênio, tem algumas atividades em transição energética que são interessantes, tem participação em algumas áreas de geração de energia, então o que a gente vai começar a fazer é se entender”, disse Prates, dizendo que ambas as empresas vão buscar sinergias.

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