Aqui no Dinheirama sempre defendemos com entusiasmo a educação e a necessidade de o governo destinar investimentos eficientes para o setor. Sabe-se, por exemplo, que o problema não é a quantidade de recursos disponíveis para esta importante área, mas a má alocação e a qualidade dos programas hoje em curso.
Entra ano, sai ano e continuamos nos surpreendendo com denúncias que envolvem o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Já tivemos casos em que alunos conseguiram ter acesso às provas antes da sua aplicação e até a denúncia de um curso preparatório que aplicou perguntas que posteriormente figuraram no exame.
Este ano, algumas peculiaridades começaram a surgir e se tornaram, no mínimo, curiosas. Em primeiro lugar, durante a realização das provas muitos alunos acabaram eliminados do exame por postarem em redes sociais imagens e dados sobre a prova.
Nos últimos dias, outro fato inusitado colocou em xeque a credibilidade do Enem e, principalmente, os critérios de correção das redações. Tudo começou quando o jornal “O Globo” convidou participantes do Enem a enviarem seus textos ao jornal, com os comprovantes de nota.
O caso que até o momento mais chamou a atenção é o de um rapaz que, no meio de uma redação que falava sobre a imigração no Brasil no século XXI, resolveu redigir uma receita de Miojo (macarrão instantâneo). Não acredita? Pois veja abaixo.
A brincadeira resultou em uma nota 560, de um total de mil. Não há nota de corte para a redação do Enem.
“O Globo” mostrou ainda que tirar nota máxima no Enem não é tarefa apenas para jovens prodígios da língua. Textos com palavras “trousse”, “enchergar” e “rasoavel” obtiveram o selo máximo entre os corretores.
Por que esta notícia é importante?
Esperamos que o processo de desenvolvimento que o Brasil tem apresentado nas últimas décadas chegue também à área educacional. O país perde muito por não apresentar mão de obra qualificada e pessoas que percebam seu papel na sociedade.
As escolas públicas passam por grande dificuldade, com professores desmotivados, mal remunerados e pouco valorizados. Em casa, os pais não assumem a responsabilidade de educar e demonstrar o verdadeiro e nobre papel do professor. É um círculo perigoso e cujos resultados são péssimos para nosso futuro.
Já está mais do que na hora de mudarmos esse quadro e exigirmos maior e melhor investimento por parte de nosso governo. Só assim estaremos aptos a continuar sonhando com um país melhor. Concorda? Deixe sua opinião no espaço de comentários abaixo. Até a próxima.
Foto de freedigitalphotos.net.