A atividade de serviços da China expandiu no ritmo mais lento deste ano em setembro, segundo pesquisa do setor privado divulgada neste domingo, com a demanda permanecendo fraca apesar de uma série de medidas de estímulo.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços do Caixin/S&P Global caiu para 50,2 em setembro, de 51,8 em agosto, a leitura mais baixa desde dezembro. A marca de 50 pontos separa a expansão da contração da atividade.
A segunda maior economia do mundo corre o risco de não atingir a meta de crescimento de cerca de 5% este ano, uma vez que as autoridades lutam contra o agravamento da queda no setor imobiliário, os fracos gastos dos consumidores, o alto nível de endividamento e as tensões geopolíticas, levando os principais bancos a rebaixar as previsões para o ano.
“A oferta e a demanda de serviços cresceram em um ritmo mais lento em setembro, já que as condições do mercado melhoraram menos do que o esperado”, disse Wang Zhe, economista sênior do Caixin Insight Group.
A confiança das empresas em relação à perspectiva de 12 meses atingiu um recorde de baixa de 10 meses em setembro.
As empresas de serviços também enfrentaram custos mais altos de pessoal e combustível, segundo a pesquisa.
No entanto, houve alguns desenvolvimentos positivos com a expansão dos pedidos ao exterior depois da contração em agosto, em parte impulsionada pelo aumento de visitantes estrangeiros.
O PMI composto do Caixin/S&P, que inclui tanto a atividade industrial quanto a de serviços, caiu de 51,7 em agosto para 50,9, marcando o ponto mais fraco desde dezembro.
“Os PMIs de manufatura e de serviços caíram, apesar de permanecerem em território expansionista, com o último caindo a uma taxa mais acentuada”, disse Wang.
Em uma nota, a Nomura também disse que a atividade de serviços pode ter perdido o ímpeto, à medida que a liberação da demanda reprimida por viagens de verão diminui.
A desaceleração econômica está polarizando os consultores do governo quanto ao melhor caminho a seguir, com os defensores das reformas estruturais emergindo das sombras em um desafio a outros que pedem mais gastos do Estado para sustentar o crescimento vacilante.
O banco central disse na quarta-feira que intensificaria os ajustes de política e implementaria a política monetária de forma “precisa e vigorosa” para apoiar a economia.