O índice japonês Nikkei caiu para o nível mais baixo em quatro meses nesta terça-feira, com o sentimento azedando em meio aos rendimentos mais altos dos títulos dos Estados Unidos e à promessa do Federal Reserve de um período prolongado de condições financeiras restritivas.
O Nikkei ampliou suas perdas à tarde, chegando a cair para 31.157,40 pontos pela primeira vez desde 1º de junho, antes de fechar em queda de 1,64%, a 31.237,94 pontos.
Dos 225 componentes do índice, 211 caíram, com 11 avançando e três sem alterações.
O rendimento do Treasury de referência de 10 anos bateu novo pico de 16 anos, acima de 4,7%, depois que a diretora do Fed, Michelle Bowman, e o vice-chair de supervisão, Michael Barr, reiteraram o refrão de taxas mais altas por mais tempo em eventos separados.
O aumento nos rendimentos de longo prazo dos EUA ajudou a empurrar o iene para o valor mais baixo em um ano, perto de 150 por dólar, mas isso não ajudou a elevar as ações de exportadores japoneses.
A Toyota Motor caiu 3,05% e a Mazda afundou 6%.
“Normalmente, a fraqueza do iene seria um motivo para as ações subirem, especialmente as exportadoras, porque isso aumenta os lucros no exterior”, disse Maki Sawada, estrategista da Nomura Securities.
“Mas como o pano de fundo para a mudança é um aumento nos rendimentos de longo prazo, isso é um peso para o Nikkei.”
Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 1,64%, a 31.237 pontos.
Em Hong Kong, o índice HANG SENG caiu 2,69%, a 17.331 pontos.
Em Xangai, o índice SSEC permaneceu fechado.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, não teve operações.
Em Seul, o índice KOSPI não abriu.
Em Taiwan, o índice TAIEX registrou baixa de 0,62%, a 16.454 pontos.
Em Cingapura, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,51%, a 3.192 pontos.
Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 recuou 1,28%, a 6.943 pontos.