O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil caiu em setembro pela segunda vez consecutiva e atingiu o nível mais baixo em quatro meses, informou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, recuou 0,5 ponto no mês passado, a 76,4 pontos, mínima desde maio deste ano (74,6).
“A trajetória do indicador ao longo do ano é positiva, mas sua retomada vem perdendo força”, explicou em nota Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre.
“A desaceleração econômica, especialmente em atividades intensivas no fator trabalho, contribui para esse ritmo mais fraco do indicador, que deve permanecer assim até que elas reajam de maneira mais efetiva.”
Dados econômicos domésticos têm surpreendido positivamente este ano, com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois primeiros trimestres ficando bem acima do esperado. No entanto, a expectativa é de desaceleração da economia ao longo dos próximos meses, conforme o país continua a sentir os efeitos defasados da política monetária restritiva do Banco Central.
Embora a autarquia tenha finalmente cortado a taxa Selic, adotando duas reduções consecutivas de 0,50 ponto percentual, a 12,75%, a expectativa é de que os juros sigam em patamar restritivo à economia por algum tempo.
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