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“A gente está caminhando para ter furacões no Brasil”, diz Enel

Segundo o presidente da empresa, o investimento está indo para a tecnologia da rede, que evita ir a campo restabelecer apenas um cliente

por Redação Dinheirama
3 min leitura
Guilherme Lencastre, presidente da Enel

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa Neto, afirmou neste domingo (14) que a ação da Enel neste ano ficou aquém das expectativas e foi, inclusive, mais lenta do que no apagão de novembro do ano passado. À época, a empresa levou 24 horas para retomar 60% dos consumidores interrompidos. Esse mesmo patamar foi atingido no evento atual em 42 horas.

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“Nos preocupa a capacidade de mobilização da empresa neste momento e a velocidade do restabelecimento do serviço”, afirmou Tiago Mesquita, diretor-presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), órgão que apoia a Aneel na fiscalização da qualidade do serviço de energia elétrica prestado pelas concessionárias.

De acordo com Mesquita, é possível fazer essa comparação, pois os episódios tiveram impactos semelhantes.

Diretor-Geral da Aneel, Sandoval Feitosa, participa de Formatura Escola de Eletricista
Diretor-Geral da Aneel, Sandoval Feitosa: Enel está mais lenta em 2024 do que em 2023 (Imagem: Michel Jesus / ANEEL)

Na Grande São Paulo, área de concessão da Enel, pouco mais de dois milhões de pessoas chegaram a ser impactadas em ambos os eventos. Em 2023, porém, outras regiões do Estado também ficaram sem energia. Hoje, 100% dos clientes das demais distribuidoras estão com o serviço restabelecido, segundo a Aneel.

Enel e os furacões

Além de aumentar o efetivo, a Enel anunciou que irá elevar os investimentos na rede de distribuição para R$ 2 bilhões por ano nos próximos dois anos.

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“O investimento está indo para a tecnologia da rede, que evita termos que ir a campo restabelecer um cliente. Por ter tecnologia na rede, conseguimos isolar a região para impactar menos clientes. Também é importante para detectar as falhas na rede”, afirmou o presidente da Enel, Guilherme Lencastre. Ele citou ainda “gastos relevantes” em relação a podas de árvores.

“A gente está caminhando para ter furacões no Brasil e a gente precisa ter políticas. A forma de estar mais bem preparado é poder contar com a infraestrutura que já existe de outras empresas”, declarou o líder da Enel.

(Com Estadão Conteúdo)

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