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Abandonar o emprego ou montar um negócio paralelo?

por Conrado Navarro
3 min leitura
Abandonar o emprego ou montar um negócio paralelo?

Ailton comenta: “Navarro, estou vendo amigos sendo dispensados de seus empregos todos os meses. Isso me preocupa e estou pensando em partir para um negócio próprio. Tenho um bom capital poupado. Às vezes penso em pedir demissão e já colocar energia total no meu projeto, mas outras vezes penso e começar devagar, em paralelo. Qual sua opinião? Obrigado“.

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Quem pode tomar decisões com menor pressão sobre si e ainda possui fundos de reserva é alguém privilegiado neste momento. Infelizmente, pessoas assim são uma exceção neste momento. Independentemente da situação, uma coisa é certa: tem muita gente pensando sobre como gerar renda além de seus empregos.

Em vez de dar a minha opinião sobre abandonar o trabalho para dedicar-se a um negócio próprio ou buscar desenvolver algo em paralelo, vou contar minha experiência pessoal, e você avalia se isso faz sentido para a sua realidade.

Uma parte de minha história

Houve um tempo em que eu trabalhava como profissional especializado de uma empresa de tecnologia. Foi naquela época que tomei uma das mais importantes decisões de minha vida: empreender.

Não faço ideia do que teria sido de minha vida se eu tivesse tomado outra decisão, ou seja, se eu tivesse permanecido na “mesmice”. É muito provável que até hoje a minha vida fosse a mesma ou talvez até fosse um pouco melhor (quem sabe alguma posição mais destacada na hierarquia organizacional da empresa ou algo assim).

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O que sei é que eu não teria conseguido chegar onde cheguei em termos de qualidade de vida e geração de renda! Quando eu comecei a desenvolver o Dinheirama.com, eu fazia isso nas minhas horas vagas, depois do trabalho, muitas vezes até tarde da noite (madrugada adentro), e mais ainda durante os fins de semana.

A verdade é que enquanto meus amigos se divertiam, eu trabalhava. Muito! Eu tinha um objetivo bem definido. Eu estava buscando muito mais que uma renda extra. Eu buscava mais qualidade de vida, incluindo a liberdade de tempo e espaço.

Eu queria trabalhar quando e onde desejasse! Sim, eu sei que esta frase soa como um clichê, mas entenda uma coisa: isso é possível, desde que você pague o preço!

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Você está disposto a se sacrificar?

Eu não sou um super-homem, uma pessoa intelectualmente superdotada ou um gênio, longe disso. Sou uma pessoa dedicada, disciplinada, organizada, estudiosa e que faz planos detalhados sobre os projetos que quero criar e desenvolver. O resto é ralação mesmo.

O curioso é que algumas dessas características eu precisei aprender e desenvolver – ninguém nasce com elas, e comigo não seria diferente. Se eu consegui, você também consegue, mas lembre-se: você tem que pagar o preço!

Preço? Que preço? O pacote inclui, entre outras coisas, abrir mão de seu (pouco) tempo livre para se dedicar a um negócio que tem potencial de gerar uma renda extra. Isso provavelmente será algo temporário, mas é bom preparar-se para um bom tempo vivendo assim se quiser realmente mudar as coisas.

No meu caso, foram dois anos trabalhando em paralelo. Dois anos de dedicação full time a uma empresa de outra pessoa, como prestador de serviços, enquanto trabalhava de noite, de madrugada e nos fins de semana no Dinheirama.

Mesmo depois de decidir centralizar os esforços apenas no negócio próprio, precisei usar das reservas e investimentos feitos para me manter até ter um equilíbrio na geração de renda com a nova empresa, o que levou três anos para acontecer. Era muito comum ser chamado de maluco (na verdade, isso acontece até hoje).

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Como decidir sobre qual negócio desenvolver?

Aposto que você sabe fazer muito bem alguma coisa. Ainda que você não seja tão bom quanto gostaria, existem grandes possibilidades de você conhecer bem um determinado assunto. Ora, por que não se desenvolver nele ainda mais, já que se trata de algo que você gosta?

Para encontrar essa “coisa”, pense no que você faz e que te deixa alegre e satisfeito, como nos esportes, um hobby, suas leituras prediletas, as coisas que você gosta de consertar, suas habilidades com as emoções, seu conhecimento em culinária, seu cuidado com a saúde, sua habilidade com números, línguas estrangeiras, música, coordenação motora e por aí vai.

Pense na alegria que você também experimenta ao ensinar essa “coisa” para as pessoas que você ama e também para estranhos. Procure ainda lembrar das atividades que você desenvolvia quando era criança ou adolescente, aquelas “coisas” que te motivavam e que te faziam “viajar” pelo futuro, pensando e sonhando que você queria passar o resto de sua vida naquela experiência.

Pense agora na possibilidade de você utilizar seu “conhecimento” dessa “coisa” para ajudar as pessoas a resolverem problemas que elas possuem nesta área ou, quem sabe, para levá-las a experimentar mais alegria, satisfação e prazer. Você seria capaz de fazer isso? Isso daria retorno? Claro que sim!

Se você é bom em lidar com a infraestrutura elétrica de uma casa, que tal ensinar às pessoas como fazer isso também e gerar uma renda extra com a venda deste conhecimento ou mesmo prestando serviços neste sentido?

De repente você sabe fazer receitas maravilhosas, é conhecido(a) por isso, mas nunca cobrou nada pelos quitutes que produziu. Por que não olhar para esta realidade como uma oportunidade de negócio?

Hoje estamos em plena economia da informação e a moeda valiosa atualmente é o conhecimento! Aprender a vender o seu conhecimento pode não só gerar uma renda extra, como pode transformar toda a sua vida e fazer nascer uma empresa de grande utilidade para as pessoas (e ainda muito lucrativa!). O produto é importante, mas ele não precisa ser algo complicado; ele deve apenas resolver um problema!

Imagine-se utilizando corretamente o gigantesco poder de alcance da Internet para vender esse seu conhecimento. O raciocínio é simples: se o que você sabe é algo desejado no seu entorno e no mundo offline, é bem provável que existam milhares de clientes para você também na Internet. Isso faz sentido para você? Para mim fez, e muito!

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Conclusão

No meu caso, aquilo que era uma renda extra veio a se tornar meu passaporte para vida que sempre sonhei! Ainda tenho muito por realizar, mas já estou bem satisfeito por um dia ter decidido pagar o preço.

E uma coisa precisa ficar clara: não existe mágica, portanto cuidado com os atalhos! Não caia no “canto da sereia” dos pseudo-gurus e suas fórmulas de enriquecimento rápido, isso é simplesmente uma falácia. O que existe é a soma de trabalho, dedicação e atitude! Riqueza é uma questão de escolha. Forte abraço e até a próxima!

Foto “thinking new idea”, Shutterstock.

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