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Abin está de olho em nova greve dos caminhoneiros?

Após seis anos da mobilização de 2018, avanços da agência incluem o fortalecimento das estruturas de detecção de crises, validação de protocolos específicos e a incorporação do conceito de "Inteligência Corrente"

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Abin

A elevação dos preços do diesel pela Petrobras (PETR3; PETR4) a poucos dias de uma reunião nacional da categoria dos caminhoneiros (dia 8), no porto de Santos, reacendeu o debate sobre uma nova greve dos caminhoneiros.

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O setor está preocupado com o impacto combinado do aumento dos impostos de ICMS – que aumentou em R$ 0,06/litro em fevereiro, elevando a alíquota para R$ 1,12 por litro, – e com o efeito da alta de R$ 0,22 no litro do diesel A para as distribuidoras, cujo valor passará a ser de R$ 3,72.

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Desde 2023, este é o primeiro ajuste nos preços de venda de diesel A da Petrobras para as distribuidoras. O último ajuste ocorreu em 27/12/2023, uma redução.

Caminhões
(Imagem: Agência Brasil/ Valter Campanato)

A greve começou na rodovia Dutra (RJ) e rapidamente se expandiu para 25 estados, bloqueando rodovias e interrompendo o abastecimento de bens, insumos e combustíveis. O episódio afetou diversos setores econômicos e gerou desafios para a segurança pública e o governo.

Nesse contexto, a Inteligência de Estado, por meio da Abin e do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), desempenhou papel crucial ao monitorar os eventos, coletar dados e produzir conhecimentos estratégicos para subsidiar decisões governamentais.

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Entre as ações realizadas, segundo informou a Abin no final de dezembro, estavam o mapeamento dos pontos de bloqueio, análise de riscos socioeconômicos e identificação de ameaças à ordem pública, como sabotagem e vandalismo. Além disso, os órgãos de Inteligência coordenaram esforços entre diferentes esferas do governo, apoiando negociações com caminhoneiros e implementando medidas de contingência.

O evento foi classificado como “crítico”, dado seu impacto imediato nas infraestruturas estratégicas e nos direitos fundamentais. Após seis anos, avanços incluem o fortalecimento das estruturas de detecção de crises, validação de protocolos específicos e a incorporação do conceito de “Inteligência Corrente” na doutrina de 2023, voltado para o tratamento ágil de eventos críticos.

Questionada pelo Dinheirama sobre a atuação em 2025, a Abin disse que “não irá se manifestar”.

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