Home Comprar ou VenderAções Ação da Ambev (ABEV3) é cortada pelo Santander

Ação da Ambev (ABEV3) é cortada pelo Santander

Empresa enfrentará um aumento estimado de 8% no custo unitário da divisão de cervejas no Brasil, além de pressões adicionais nas margens

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Ambev

O Santander reduziu nesta quarta-feira (22) sua recomendação para as ações da Ambev (ABEV3) de “compra” para “manutenção” e revisou o preço-alvo para R$ 12, ante R$ 16 anteriormente. Segundo os analistas Guilherme Palhares e Laura Hirata, a inflação de custos será um fator crítico para a empresa em 2025, especialmente devido à depreciação do real e ao aumento dos custos de embalagem e matérias-primas, como alumínio.

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A análise aponta que a Ambev enfrentará um aumento estimado de 8% no custo unitário da divisão de cervejas no Brasil, além de pressões adicionais nas margens de outras unidades de negócios. “A depreciação do real, combinada com a inflação de embalagens e mão de obra, pode elevar os custos de forma significativa”, afirmaram os analistas.

Veja o que o Santander disse sobre a Ambev

Rebaixamento da recomendação e revisão do preço-alvo. O Santander alterou sua recomendação para “Manutenção” e reduziu o preço-alvo para R$ 12,00, citando o impacto da inflação de custos e a volatilidade cambial. “Estamos ajustando nosso modelo para capturar melhor a dinâmica inflacionária em todas as regiões”, destacaram Palhares e Hirata.

Inflação de custos afeta diretamente o mercado de cervejas. Os custos de produção da divisão de cervejas no Brasil devem aumentar cerca de 8% em 2025. “A inflação de embalagens e a depreciação do real são os principais responsáveis por essa pressão”, observaram os analistas.

Concorrência da Heineken aumenta pressão no mercado. A expansão da capacidade de produção da Heineken em cerca de 10% adiciona um desafio competitivo à Ambev. “Os dados de emprego indicam que a nova unidade da Heineken já iniciou operações, o que pode pressionar a Ambev no mercado brasileiro.”

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Impacto da depreciação cambial nos negócios internacionais. Do lado positivo, a Ambev pode se beneficiar da desvalorização do real em suas operações internacionais, que tendem a aproveitar os ganhos cambiais para sustentar os resultados.

Margens sob pressão em todas as unidades de negócios.A análise projeta quedas nas margens da Ambev devido ao aumento dos custos de matérias-primas e mão de obra. “Além das cervejas, os refrigerantes devem sofrer com uma inflação de custos de dois dígitos, agravada pelo aumento nos preços das embalagens.”

Expectativas para o 4T24. O Santander estima um lucro líquido de R$ 4,4 bilhões para o quarto trimestre de 2024, praticamente estável em relação ao mesmo período do ano anterior. “A desaceleração do Grupo Petrópolis pode limitar ganhos de market share nos números de sell-in da Ambev”, indicaram os analistas.

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