O Itaú BBA iniciou a cobertura das ações da BrasilAgro (AGRO3) com uma recomendação de “Outperform” e um preço-alvo de R$ 34 para o final de 2025, o que implica em um potencial de valorização de 32% em relação ao preço atual. No relatório publicado nesta quarta-feira (25), os analistas Gustavo Troyano e Bruno Tomazetto destacam que, apesar dos desafios apresentados pelas atuais condições de mercado, a avaliação da empresa continua atraente, especialmente devido ao desconto significativo de 25% em relação ao seu valor patrimonial líquido (NAV).
<<< Da Periferia ao BILHÃO… a história de Flávio Augusto >>>
A queda recente nos preços dos grãos tem pressionado as operações tradicionais da BrasilAgro, impactando sua rentabilidade. Historicamente, as ações da empresa têm mostrado uma correlação significativa com os preços dos grãos, que estão em tendência de baixa no curto prazo.
No entanto, os analistas do Itaú BBA veem nessa queda uma oportunidade para emrpesa realizar aquisições estratégicas de terras a preços mais favoráveis, o que pode gerar valor significativo no futuro. “As atuais condições de mercado apresentam tanto desafios quanto oportunidades para a BrasilAgro”, afirmam Troyano e Tomazetto.
A visão de longo prazo permanece positiva, impulsionada por seu modelo de negócios único, que equilibra a transformação de terras com a atividade agrícola. Essa capacidade de navegar pelos ciclos de mercado de forma eficaz confere à empresa uma base robusta para o crescimento futuro e a criação de valor.
“À medida que os preços dos grãos se recuperam e os valores das terras continuam a se valorizar, a BrasilAgro está bem posicionada para capitalizar essas tendências e entregar retornos sustentados aos acionistas”, destacam os analistas.
Estratégias de crescimento
Os preços mais baixos dos grãos estão levando a uma menor lucratividade na agricultura, mas, ao mesmo tempo, criam um ambiente atraente para aquisições de terras. A BrasilAgro, com sua estratégia diversificada, está bem posicionada para aproveitar essas condições, focando na aquisição e desenvolvimento de novas propriedades que potencialmente impulsionarão suas perspectivas de crescimento a longo prazo.
“Enquanto os preços mais baixos podem impactar as receitas de vendas de safras no curto prazo, eles também oferecem um ambiente atraente para aquisições de terras”, explicam os analistas.
A diversificação das operações da BrasilAgro proporciona uma proteção contra a volatilidade do mercado. A empresa possui um portfólio diversificado que inclui diferentes culturas agrícolas, o que ajuda a mitigar os desafios específicos nas margens de soja e milho no curto prazo. Essa flexibilidade permite à BrasilAgro adaptar sua estratégia de acordo com a dinâmica de mercado vigente, mantendo sua resiliência e potencial de crescimento.
Avaliação atraente
O Itaú BBA observa que os múltiplos de avaliação da BrasilAgro indicam uma perspectiva de investimento favorável a longo prazo. Dois pontos principais sustentam essa visão positiva: a empresa consistentemente alcança uma taxa interna de retorno (IRR) nas vendas de terras superior a 20%, demonstrando sua capacidade de gerar retornos significativos sobre o capital investido; e o atual desconto de 25% em relação ao NAV, que oferece uma margem de segurança para investidores de longo prazo que buscam aumentar sua exposição ao setor agropecuário brasileiro em condições favoráveis.
Os analistas também destacam a importância da criação de valor através da transformação de terras, que compõe uma parte significativa do potencial de alta na tese de investimento da BrasilAgro. “A sustentabilidade da execução histórica nesse segmento é fundamental para desbloquear o potencial de valor da empresa”, afirmam Troyano e Tomazetto. Eles enfatizam que a continuidade bem-sucedida dessa estratégia será crucial para a valorização das ações da BrasilAgro no futuro.
A análise revela que, mesmo em cenários desafiadores, a BrasilAgro tem conseguido manter uma estratégia sólida de crescimento e criação de valor. A empresa está focada em maximizar suas oportunidades, seja através de aquisições estratégicas de terras ou da otimização de suas operações agrícolas. “A BrasilAgro está estrategicamente posicionada para tirar proveito dessas condições, focando na aquisição e desenvolvimento de novas propriedades para melhorar suas perspectivas de crescimento a longo prazo”, observam os analistas.
