Na última sexta-feira (27), a Brava (BRAV3) anunciou negociações para vender seus ativos onshore no Brasil, com prazo de propostas até 9 de janeiro de 2025. Segundo a Genial Investimentos, a transação, estimada em US$ 2,2 bilhões (R$ 13 bilhões), pode elevar o valor das ações de R$ 22,57 para até R$ 44, representando um ganho potencial de 94%.
O que foi anunciado pela Brava?
• Detalhes das negociações. A empresa contratou dois bancos para estruturar a venda e enviou teaser a interessados. O prazo para recebimento das propostas foi estendido para 9 de janeiro de 2025.
• Ativos no Rio Grande do Norte. Os ativos incluem 11 concessões de óleo e gás com produção média de 250 barris/dia entre janeiro e novembro de 2024, além de infraestrutura de gás midstream.
• Interesse no mercado. Cinco empresas, incluindo Eneva (ENEV3), PetroReconcavo (RECV3) e uma estrangeira, demonstraram interesse nos ativos, que podem superar a atual capitalização de mercado da Brava, de R$ 8 bilhões.
• Projeções da Genial Investimentos. Os cenários projetados pela Genial indicam valorização das ações para R$ 44 (+94%) ou R$ 27 (+19%), dependendo dos termos da oferta e avaliação dos ativos.
• Impacto estratégico. A venda pode destravar valor significativo para a empresa, reforçando sua posição no mercado de óleo e gás no Brasil e melhorando a eficiência de sua operação.
• Próximos passos. A Brava avalia as propostas recebidas e destaca que ainda não há acordo formalizado. A conclusão da negociação será crucial para seu futuro financeiro e estratégico.
Produção da Brava em Papa-Terra
Além do anúncio das negociações dos ativos on-shore, a Brava Energia revelou ter recebido da ANP a autorização para retomar a produção no campo de Papa-Terra. A empresa informou que iniciará os preparativos para essa retomada, que deve começar no início da próxima semana.
Para a XP Investimentos, a notícia positiva para a Brava.
“Como já discutimos, os dois principais campos da empresa, Papa-Terra e Atlanta, foram interrompidos enquanto aguardavam a aprovação da ANP. Acreditamos que a aprovação para a retomada da produção em Papa-Terra é um fator importante para a empresa. Também esperamos que a aprovação para o início do FPSO Atlanta ocorra em breve”, explicam os analistas.