Home Comprar ou Vender Ação da Cielo está barata? Cuidado para não cair em uma “armadilha”

Ação da Cielo está barata? Cuidado para não cair em uma “armadilha”

Em um cenário com juros de dois dígitos em 2024, a Cielo, sem eventos corporativos significativos, poderia representar um risco de queda

por Gustavo Kahil
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Os analistas do Santander, Henrique Navarro, Arnon Shirazi e Anahy Rios, lançam uma luz cautelosa sobre o horizonte do setor de pagamentos no Brasil para o ano de 2024, destacando uma possível “armadilha de valor” que paira sobre as ações da Cielo (CIEL3).

Em 15 anos de acompanhamento deste segmento, os especialistas observam um cenário único de riscos que se materializam simultaneamente, levando-os a adotar uma postura mais conservadora para o setor neste ano.

Entre os desafios destacados, inclui-se o contínuo crescimento do uso do Pix, a intensificação da concorrência, riscos regulatórios iminentes e a previsão de um crescimento fraco no Volume Total de Pagamentos (TPV). No entanto, apontam alguns pontos positivos, como o início do ciclo de flexibilização monetária no Brasil, que poderia favorecer os volumes de pré-pagamento e custos de financiamento mais baixos.

Valor

O negócio de adquirência da Cielo é percebido como subvalorizado, e o guidance promissor da Stone (STOC31; STNE) para 2027, juntamente com a capacidade do PagBank (PAGS34; PAGS) de monetizar clientes por meio de seu banco digital, também são destacados.

Desempenho das ações da Cielo, Pagbank e Stone em relação ao Ibovespa em 12 meses

A grande interrogação levantada pelos analistas é se a Cielo está prestes a se tornar uma “armadilha de valor”. Em um cenário no qual o Brasil mantém taxas de juros de dois dígitos em 2024, a Cielo, sem eventos corporativos significativos, poderia representar um risco de queda, na visão dos analistas.

Além disso, o ceticismo dos investidores em relação ao guidance de 2027 da Stone e a falta de evidências dos benefícios da integração do enterprise resource planning (ERP) também são pontos críticos.

Riscos

A análise do Santander indica que, entre os players do setor, a Cielo é considerada a menos afetada pelos riscos, especialmente devido à sua participação no mercado modesto no segmento de microempreendedores e à menor exposição ao negócio de pré-pagamento em comparação com seus concorrentes.

Por outro lado, a Stone é identificada como a mais suscetível, dada sua dependência significativa da receita de pré-pagamentos. O PagBank ocupa uma posição intermediária, sendo menos exposto ao fraco TPV esperado para 2024, mas sujeito a características específicas do Pix.

Diante desse cenário desafiador, o Santander mantém a recomendação de “Compra” para a Cielo (preço-alvo de R$ 6, de R$ 7,50), embora destaque as preocupações com a possível “armadilha de valor”. Para o PagBank (preço-alvo de US$ 15, de US$ 11), a recomendação é de “Manutenção”, apesar dos riscos. Quanto à Stone (preço-alvo de US$ 17,50, de US$ 12,50), rebaixada para “Abaixo de Mercado”, os analistas acreditam que a ação precisará apresentar resultados excepcionais para justificar sua avaliação atual.

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