As ações da Embraer (ERJ; EMBR3) subiram um degrau no mundo financeiro e agora atingiram um status global, ressalta o BTG Pactual em um relatório enviado a clientes neste domingo (13).
Os analistas estiveram reunidos por duas semanas nos EUA para um encontro com investidores e CEOs. A impressão é de que, agora, a fabricante de aeronaves brasileira está “jogando nas grandes ligas”.
“A empresa parece ter quebrado a barreira dos investidores dedicados a mercados emergentes/Brasil/Latam, e agora atingiu um nível totalmente novo de investidores: os globais! Claro, com privilégio vem a responsabilidade, e achamos que a empresa precisa colocar em prática o que prega agora”, apontam Lucas Marquiori e Fernanda Recchia.
Segundo eles, as expectativas são altas, e a avaliação subiu um degrau, mas os lucros de curto prazo e o fluxo de notícias continuam superfortes.
“Há muito tempo argumentamos que, como todas as quatro unidades estão apresentando um desempenho forte (o que é sem precedentes), as ações teriam que ser reavaliadas em algum momento”, pontuam.
Eles destacam que o ritmo de entrega ainda pode incomodar alguns investidores, pois a indústria global de aviação continua sofrendo com a capacidade de produção restrita, levando a cronogramas de entrega atrasados.
“Pelo menos nessa frente, achamos que a Embraer está olhando à frente da concorrência e sustentando as entregas em um setor restrito”, opinam. A recomendação é de compra das ações.
Cargueiro da Embraer
A Embraer informou na semana passada que o E-Freighter E190F, jato de passageiros convertido para cargueiro, foi certificado pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês).
A aeronave e o Sistema de Carregamento de Carga, desenvolvidos pela U.S. Cargo Systems, receberam a certificação da FAA em setembro de 2024. Em julho, o E-Freighter foi certificado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), e a certificação da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) está prevista até o fim do ano.
O jato foi desenvolvido para preencher uma lacuna no mercado de transporte aéreo de cargas, se tornando uma alternativa de substituição de aeronaves mais antigas e menos eficientes.