Após saltarem 9,6% com a eleição de Donald Trump nos EUA, as ações da Gerdau (GGBR4) ainda têm espaço para mais valorização? Para o Goldman Sachs, a resposta é sim. Os analistas Marcio Farid, Gabriel Simões e Henrique Marques reiteraram a recomendação de compra após a disparada, elevando o preço-alvo de R$ 26 para R$ 27.
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O relatório, divulgado na sequência da divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2024, argumenta que o otimismo veio em decorrência do lucro 6% acima das expectativas e do otimismo dos investidores quanto ao potencial de maior proteção comercial nos Estados Unidos, reflexo das recentes eleições norte-americanas.
Para o GS, a Gerdau está bem posicionada para se beneficiar de um possível aumento no protecionismo dos EUA, especialmente no setor de aço.
Como cerca de 50% do Ebitda da companhia é gerado no mercado norte-americano, os analistas veem potencial para um impacto positivo nos resultados caso novas tarifas sejam impostas ao aço importado de países como a China. Eles comentam que “a posição única da Gerdau permite que ela aproveite as possíveis barreiras comerciais nos Estados Unidos enquanto a lucratividade no Brasil também deve melhorar”.
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Além disso, a equipe de analistas destacou que a siderúrgica continua com uma sólida estrutura de capital. A empresa encerrou o período com uma dívida líquida R$ 1,6 bilhão abaixo da meta de R$ 6 bilhões, abrindo espaço para potenciais dividendos extraordinários e um possível aumento no programa de recompra de ações.
Esses fatores, somados ao bom desempenho financeiro e à atratividade do valuation, reforçam a recomendação de compra.
Em termos de valuation, o Goldman Sachs destaca que a Gerdau está sendo negociada a múltiplos de 3,9 a 3,6 vezes o Ebitda esperado para 2025 e 2026, com um rendimento de fluxo de caixa livre (FCF yield) entre 6% e 10%. Segundo o banco, esses múltiplos são considerados atrativos, especialmente para investidores que buscam exposição ao mercado de aço com boas perspectivas tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Outro ponto relevante na análise foi a revisão das estimativas para o Ebitda de 2025, que agora é projetado em R$ 12,2 bilhões, um aumento de 5% em relação às previsões anteriores. Esse ajuste reflete uma expectativa de maior rentabilidade, tanto no Brasil quanto nos EUA, impulsionada por uma possível recuperação nos preços do aço no mercado brasileiro e uma gestão eficaz de custos.