Home Comprar ou VenderAções Ação da Gerdau dispara 10% com Trump: ainda vale a pena?

Ação da Gerdau dispara 10% com Trump: ainda vale a pena?

Para o Goldman Sachs, a empresa está bem posicionada para se beneficiar de um possível aumento no protecionismo dos EUA, especialmente no setor de aço

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Gerdau EUA

Após saltarem 9,6% com a eleição de Donald Trump nos EUA, as ações da Gerdau (GGBR4) ainda têm espaço para mais valorização? Para o Goldman Sachs, a resposta é sim. Os analistas Marcio Farid, Gabriel Simões e Henrique Marques reiteraram a recomendação de compra após a disparada, elevando o preço-alvo de R$ 26 para R$ 27.

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O relatório, divulgado na sequência da divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2024, argumenta que o otimismo veio em decorrência do lucro 6% acima das expectativas e do otimismo dos investidores quanto ao potencial de maior proteção comercial nos Estados Unidos, reflexo das recentes eleições norte-americanas.

Para o GS, a Gerdau está bem posicionada para se beneficiar de um possível aumento no protecionismo dos EUA, especialmente no setor de aço.

Como cerca de 50% do Ebitda da companhia é gerado no mercado norte-americano, os analistas veem potencial para um impacto positivo nos resultados caso novas tarifas sejam impostas ao aço importado de países como a China. Eles comentam que “a posição única da Gerdau permite que ela aproveite as possíveis barreiras comerciais nos Estados Unidos enquanto a lucratividade no Brasil também deve melhorar”.

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Além disso, a equipe de analistas destacou que a siderúrgica continua com uma sólida estrutura de capital. A empresa encerrou o período com uma dívida líquida R$ 1,6 bilhão abaixo da meta de R$ 6 bilhões, abrindo espaço para potenciais dividendos extraordinários e um possível aumento no programa de recompra de ações.

Esses fatores, somados ao bom desempenho financeiro e à atratividade do valuation, reforçam a recomendação de compra.

Em termos de valuation, o Goldman Sachs destaca que a Gerdau está sendo negociada a múltiplos de 3,9 a 3,6 vezes o Ebitda esperado para 2025 e 2026, com um rendimento de fluxo de caixa livre (FCF yield) entre 6% e 10%. Segundo o banco, esses múltiplos são considerados atrativos, especialmente para investidores que buscam exposição ao mercado de aço com boas perspectivas tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos​.

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Outro ponto relevante na análise foi a revisão das estimativas para o Ebitda de 2025, que agora é projetado em R$ 12,2 bilhões, um aumento de 5% em relação às previsões anteriores. Esse ajuste reflete uma expectativa de maior rentabilidade, tanto no Brasil quanto nos EUA, impulsionada por uma possível recuperação nos preços do aço no mercado brasileiro e uma gestão eficaz de custos​.

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