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Ação da Gol pode voltar a subir, avalia BB Investimentos

Analista estima a captação de US$ 2 bi em dívida e de US$ 1,5 bi em novas ações até o final de 2025

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Avião da Gol

O time de análise do BB Investimentos elevou a recomendação para as ações da Gol (GOLL4) de venda para neutra, com um novo preço-alvo de R$ 1,20 para o final de 2025, o que indica um potencial de valorização de aproximadamente 15%.

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O analista Luan Calimério ressalta que, apesar do cenário adverso possuir probabilidade concreta, o cenário benigno, ou seja, de saída da recuperação judicial, é a considerada por ele.

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“Para isso, estimamos a captação de US$ 2 bilhões em dívida e de US$ 1,5 bilhão em novas ações até o final de 2025, o que seria suficiente para liquidar o DIP (debtor in possession), financiamento realizado no âmbito do Chapter 11, para refinanciar parte relevante das dívidas da companhia e para reforçar sua posição de caixa. Tal cenário representa a diluição de mais de 95% dos atuais acionistas”, ressalta.

Cauteloso, o analista destaca que a mudança na recomendação não representa um otimismo em relação à companhia.

“Mas, sim, uma avaliação de que, no cenário no qual a saída do Chapter 11 se concretiza e o desempenho operacional se desenvolve conforme esperado, as despesas financeiras serão aliviadas (muito, porém, na conta do acionista) e o desempenho econômico-financeiro será equacionado. Este é nosso cenário base e, adicionalmente, o cenário que acreditamos estar embutido no preço da ação. Não descartamos a possibilidade de um cenário adverso, porém, acreditamos haver menos espaço para downside hoje do que havia no passado”, pontua.

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Números da Gol

O BB calcula uma receita líquida de R$ 18,3 e R$ 22,3 bilhões para 2024 e 2025, com Ebitda de R$ 4,3 e R$ 6,3 bilhões e lucro líquido de R$ 875 e R$ 710 milhões. Isso levaria a companhia a uma margem Ebitda de 23% e 28%.

Os números são fundamentados principalmente em uma expectativa de aumento relevante da oferta no mercado internacional, com uma ocupação média de 83,8% das aeronaves e com uma recuperação mais lenta e gradual da oferta no mercado doméstico, com ocupação média de 82,7% das aeronaves.

“Consideramos também um consumo de combustível levemente mais eficiente à medida que novas aeronaves entram na frota, reduzindo o consumo de 28 para 27 litros/ASK, com o preço médio do petróleo projetado em 77 US$/barril no período. E, adicionalmente, consideramos evolução estável do yield em patamar médio de 3%, o que implicaria em uma capacidade de repasse de, pelo menos, parte da inflação projetada nas tarifas”, conclui Calimério.

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