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Ação da JBS é boa escolha até 2026, alerta Bank of America

por Gustavo Kahil
JBS

As ações da JBS (JBSS3) devem surfar em um bom momento de resultados “muito sólidos” em 2024 que provavelmente persistirão em 2025 e 2026, destaca o Bank of America em um relatório enviado a clientes nesta terça-feira (20).

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Segundo a analista Isabella Simonato, as margens do frango permanecerão muito fortes pelos próximos 6 a 12 meses, e o cenário para a carne suína também é positivo, dada a forte demanda.

“O ciclo positivo do gado no Brasil e na Austrália também deve compensar a fraqueza nos EUA. Agora esperamos um Ebitda ajustado de R$ 32 bilhões (US$ 6,1 bilhões), contra R$ 28 bilhões anteriormente, e o consenso em R$ 29,5 bilhões”, opina.

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O preço-alvo foi elevado de R$ 40 para R$ 45. A recomendação de compra foi reiterada.

Segundo a analista, embora as margens do frango devam eventualmente se normalizar, isso deve coincidir com a recuperação das margens da carne bovina dos EUA.

“Neste cenário, a JBS deve ser capaz de gerar cerca de R$ 11 bilhões de fluxo de caixa livre (FCF) por ano entre 2024-26, e 13,5% de rendimento, o que deve dar suporte à estratégia da empresa de crescer inorganicamente e retornar dinheiro”, ressalta.

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Cenário semelhante ao de 2014-15

O Bank of America explica que, entre 2014 e 2015, assim como está acontecendo agora, os preços dos grãos foram pressionados e a demanda por frango aumentou em um ritmo mais rápido do que a oferta. Enquanto isso, o ciclo da carne bovina nos EUA foi negativo, com os altos preços da carne bovina levando os consumidores a negociar para baixo.

“Acreditamos que o cenário da indústria é como o atual, embora alguns eventos precisem ser monitorados (e padrões diferentes desses não são nosso caso base): 1) problemas de eclodibilidade na indústria de frango; 2) a capacidade real dos produtores integrados de frango de aumentar a oferta no Brasil; e 3) uma retenção de novilhas atrasada (mas aparentemente começando) nos EUA”, chama a atenção a analista.

JBS mais forte

Contudo, Simonato entende que a JBS está melhor posicionada para navegar neste ciclo do que há dez anos, pois, entre outras coisas, tem uma diversificação da receita está mais equilibrada, com a parte fora da carne bovina respondendo por 45% das vendas, contra 35% em 2014 com mais produtos de valor agregado.

Além disso, a alavancagem agora é de em torno de 2,5 vezes a Dívida Líquida/Ebitda, contra 3,5 vezes em 2015. Por fim, a Seara se tornou mais relevante.

“Acreditamos que a diversificação dos negócios da JBS deve dar suporte a lucros consistentemente sólidos ao longo dos diferentes ciclos de proteína. Apesar de uma alta de 54% no acumulado do ano, achamos que a ação está sendo negociada a uma avaliação atraente de 7,4 vezes o preço sobre o lucro esperado (P/L) para 2025, contra BRF (BRFS3) a 16 vezes e pares dos EUA a 17 vezes”, finaliza Simonato.

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